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ELEIÇÕES 2018
Todo trabalhador precisa saber: Bolsonaro é o candidato das privatizações
Guilherme Costa

Analisamos o programa de governo de 81 páginas de Bolsonaro para denunciar: Bolsonaro é o candidato das privatizações. Ele quer vender o patrimônio público brasileiro para os ricos e poderosos do Brasil e de todo o mundo.

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O programa econômico de Jair Bolsonaro é um verdadeiro cardápio para grandes empresários estrangeiros poderem escolher o que querem comprar no Brasil. Trazemos à luz alguns dos pontos de seu programa de 81 páginas que comprovam como Bolsonaro usa e abusa da insatisfação generalizada para melhor vender o país aos poderosos de todo o mundo. Os pontos podem ser lidos no programa do candidato, que pode ser visto neste link.

O texto é vago, pois não esclarece exatamente quais setores da economia deseja privatizar. Mas afirma repetidamente que deseja privatizar setores importantes da economia. O objetivo? Pagar a dívida pública com os grandes bancos como prioridade: “todos os recursos obtidos com privatizações e concessões deverão ser obrigatoriamente utilizados para o pagamento da dívida pública”.

A dívida pública hoje consome quase 50% de tudo o que o Estado arrecada e vai direto para o bolso de alguns poucos banqueiros - um verdadeiro mecanismo de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. O que o programa de Bolsonaro propõe, na prática, é vender empresas estatais e utilizar o dinheiro para transferir para os bancos. E quais empresas estatais Bolsonaro quer vender?

Petrobrás, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES… como dissemos antes, seu programa é vago e não indica exatamente quais setores vai privatizar. Obviamente não fica repetindo isso, do contrário perderia muitos votos. Mas seu guru econômico e indicado a ser ministro da fazenda, Paulo Guedes, não deixa nada vago. Em entrevista recente afirma com todas as letras que deseja privatizar tudo para pagar os bancos. Tudo mesmo. E dessa forma incentivar as privatizações pelos estados.

Na entrevista citada, que pode ser vista neste link, Guedes propôs a privatização da Petrobrás, dos Correios, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. O próprio candidato já sugeriu à Globo News, em entrevista recente, a privatização total da Petrobrás e dos Correios, e em convenção partidária afirmou que vai “extinguir a maioria das estatais”. Contra as possíveis acusações de fake news por parte do séquito fanático do candidato, trazemos aqui todos os links que comprovam as falas. O BNDES está citado no próprio programa de 81 páginas.

Trata-se de um monstruoso programa de venda do patrimônio público brasileiro ao capital estrangeiro e que vai acarretar a deterioração das condições de vida dos milhões de famílias e o enriquecimento de um punhado de empresários milionários. Com as vendas das estatais, vão lucrar horrores às custas da diminuição de salários e precarização dos serviços públicos. Todo trabalhador brasileiro precisa saber disso e denunciar amplamente.

Por trás de Jair, jaz Paulo Guedes, mais conhecido como “posto Ipiranga”. A figura é cadeira cativa do Instituto Millenium, aquelas organizações que tão pouco conhecidas quanto poderosas. Alguns dos principais meios de comunicação financiam o Instituto Millenium, como a RBS/Globo, o Estadão, o Grupo Abril (VEJA), a Gerdau, a Porto Seguro, etc. Ou seja, um dos principais nomes dessa organização financiada por tantos meios de comunicação e empresários é o braço direito de Bolsonaro.

Como se não bastasse, grandes investidores internacionais possuem laços íntimos com a organização de Paulo Guedes, como o multimolionário banco Merryl Lynch, envolvido diretamente na queda da bolsa de Nova York em 2008. A máxima “diga-me com quem andas, que te direi quem és” é valiosíssima aqui: a grande mídia do país e investidores internacionais possuem interesse direto na candidatura de Bolsonaro. Por trás de todo um falatório patriota e uma suposta combatividade contra a Globo e associados, Bolsonaro possui fidelidade canina aos poderosos do Brasil e do mundo. Quem sai perdendo é o trabalhador e o povo pobre.

Muitas vezes nos deparamos na internet e no trabalho com ouvidos fechados por partes dos seguidores de Bolsonaro. Dados, fatos, videos de falas com atrocidades, pesquisas, estudo... tudo isso parece ser penduricalhos ignorados pelo séquito bolsonariano. Quando apresentamos dados e fatos inquestionáveis, muitas vezes somos respondidos com desdém, na melhor das hipóteses. Mas isso não significa que todo possível eleitor esteja de cabeça fechada para ouvir problemas graves de seu candidato.

Quantos trabalhadores que nutrem simpatia com Bolsonaro sabem que seu programa econômico visa satisfazer as grandes elites estrangeiras e nacionais? Quantos trabalhadores sabem que seu guru econômico quer vender o patrimônio público nacional para um punhado de empresários poderem lucrar mais enquanto a maioria do povo seguir nas filas do desemprego? Quantos servidores públicos sabem que seu emprego certamente estará em risco? Conhecer o programa de governo desse candidato que ameaça restringir direitos sociais e disseminar ideais de ódio é uma tarefa importante, desmascará-lo e multiplicar sua denúncia é imprescindível. E esse texto está a serviço disso.

Por último, não fazemos propaganda nem do PSDB, tampouco do PT. Alckmin e o PSDB já são reconhecidos nacionalmente pela trajetória privatista. Mas não podemos esquecer também o papel que os governos do PT cumpriram em precarizar várias empresas estatais, notadamente os Correios e os bancos públicos, pela via das terceirizações e das vendas de ações, bem como as inúmeras privatizações de portos e aeroportos que o governo Dilma levou a frente. Diante do aprofundamento da crise econômica internacional e seus impactos no Brasil, um eventual governo do PT, ou de qualquer outro que não vá romper radicalmente com os interesses da burguesia nacional e imperialista, também terá que aplicar ajustes e avançar na privatização como manda os bancos e a elite. Já vimos esse filme com o último governo de Dilma. Mas dessa vez qualquer governo que empossar, mesmo derrotando Jair nas urnas, terá que lidar com essa base forte dessa extrema-direita ultrarreacionária. Apenas os trabalhadores organizados podem vencer.

 
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