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BANCÁRIOS
Articulação/CUT desmobiliza os bancários, divide a categoria e deixa a patronal entrar
Thais Oyola - bancária e delegada sindical da Caixa
Eduardo Máximo
Estudante da UnB e bancário na Caixa

A direção do sindicato de bancários de São Paulo foi responsável por mais uma traição.

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Mais uma vez dividiram a categoria para impedir que os bancários pudessem por sua força real em movimento para barrar os ataques e ajustes da Fenaban, representante patronal do único setor que bate lucros recordes ao mesmo tempo que o país bate recordes de desemprego. Em outros anos, a manobra de dividir assembleias entre bancos privados, Caixa e Banco do Brasil já foi muito utilizada para enterrar nossas greves, dessa vez foi para impedir que ela acontecesse.

E não bastasse dividir a categoria, a direção da Articulação/CUT, majoritária no sindicato da região que concentra cerca de 1/4 dos trabalhadores do país, novamente entrou em acordo com as direções do Banco do Brasil e da Caixa, permitindo que o assedio da patronal, através da convocação dos gerentes, adentrasse a assembleia para fazer os bancários engolirem a seco o acordo que, inclusive, decreta a data de fim do plano de saúde, no caso da Caixa.

Além disso, nos dias prévios à assembleia, dirigentes sindicais da CUT e CTB implementaram uma verdadeira operação desmonte da disposição dos bancários em rechaçar a proposta. Esses dirigentes, que passam meses sem aparecer ou saber da realidade nas agências e departamentos, resolveram ir onde os bancários estavam, para alimentar a dúvida, o ceticismo e o medo, dizendo que os bancários estão à mercê da Reforma Trabalhista, à mercê do fim validade da Convenção Coletiva, à mercê da “boa vontade” dos negociadores dos patrões (palavras de representante do próprio sindicato). Como se não houvesse mais nada a ser feito.

No entanto, no caso da direção sindical dos bancários da Caixa (Articulação/CUT), forçar a aceitação de uma proposta que apenas adia a data do ataque, no caso do Saúde Caixa, e pavimenta o caminho à privatização do banco não passou sem deixar crises nessa própria direção, que rachou quando uma parte decidiu votar e defender o rechaço da proposta, pela greve.

Votação acirrada: sinais de fumaça de um incêndio que ainda pode se alastrar?

Durante a assembleia da Caixa os bancários demonstraram toda a sua insatisfação com a proposta; a possibilidade de ficar sem o Saúde Caixa e a privatização ficaram mais difíceis de ser combatidas pois passaremos mais dois anos sem mobilização. Mas a revolta dos bancários da Caixa também mostrou que há espaço para romper as amarras impostas pelos banqueiros em aliança com a direção burocrática, buscar a organização dos bancários em cada agência e local de trabalho é a via para que possamos retomar nosso sindicato e varrer de uma vez por todas os traidores e burocratas.

Confira os vídeos da assembléia:

 
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