Por conta da crise que o país vive, desde 2014 houve uma alta inadimplência nos financiamentos imobiliários, provocando uma retomada de imóveis por parte dos principais bancos do país. Segundo dados, as cinco maiores instituições financeiras do Brasil retomaram cerca de R$11,5 bilhões em imóveis devido a falta de pagamento. Este valor corresponde a mais ou menos 70 mil moradias.
Não é novidade que a crise elevou o desemprego e as famílias passaram a ter menor poder aquisitivo, tendo como um dos resultados a inadimplência no pagamento dos financiamentos de casa e apartamento.
Hoje, os bancos possuem, com as unidades que já estavam em estoque, cerca de R$13,7 bilhões em imóveis à espera de moradores interessados. Estudos apontam que este valor cresceu 745% desde 2014. Somente no ano de 2018 os bancos já retomaram mais de R$1,48 bilhão em imóveis de inadimplentes.
É notável que os atrasos no pagamento são cada vez mais frequentes. A política dos bancos está cada vez mais rígida, se apressam para liquidar a operação antes de que se torne visível na inadimplência.
Enquanto milhares de pessoas têm que devolver seus imóveis aos bancos, há mais de 2 milhões de m² vazios em São Paulo, por exemplo. Todos esses dados expressam claramente como, apesar da crise econômica que o país atravessa, os bancos fazem de tudo para garantir seus lucros, mantendo suas cifras e posses preservadas. Enquanto isso, cresce o número de famílias desabrigadas e a crise é despejada nas costas dos trabalhadores.
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