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BANCÁRIOS
Sem greve direção do sindicato dos bancários indica aprovação da proposta da Fenaban
Eduardo Máximo, delegado sindical da Agência 7 de Abril

Após semanas aguardando o desenrolar de uma negociação que mais parecia um teatro, o comando nacional dirigido majoritariamente pela Contraf/CUT está chamando assembleias em todo o país e orientando que a categoria bancária aceite uma proposta de acordo de dois anos com um reajuste de 5% que representa apenas 1,18% acima da inflação.

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Em São Paulo, a direção do sindicato está novamente implementando a manobra que recorrentemente tem utilizado para enterrar as últimas campanhas salariais: dividir a assembleia da categoria e fazer assembleias separadas para os bancos privados, Caixa e Banco do Brasil.

Neste período de negociação os bancários assistiram a um show de ameaças por parte da Fenaban que inicialmente queria impor um acordo de 4 anos recheado de ataques profundos, que mais serviu como chantagem para que agora o comando nacional compactue com mais um acordo de dois anos.

E não só, a Fenaban teve a desfaçatez de ameaçar até a PLR para as mulheres em licença maternidade mostrando o reacionarismo por parte dos banqueiros que, por um lado gastam milhões em propaganda pelo “empoderamento” das mulheres e por outro querem atacar as bancárias retirando seus direitos.

Porém a Fenaban recuou deste “requinte” no ataque aos direitos das mulheres, infelizmente, muito mais pelos abalos que renderia em suas campanhas publicitárias do que na organização da categoria, que tem um potencial de mobilização que a CUT, direção dos principais sindicatos do país, insiste em manter abafado e passivo.

E faz isso, inclusive, se apoiando no ataque que significa o fim da ultratividade dos acordos coletivos. As negociações atravessaram o mês de agosto sem que a direção majoritária da CUT organizasse nenhuma medida concreta de luta dá categoria, para agora coagir pela aceitação da proposta uma vez que o acordo coletivo anterior valeria somente até a próxima sexta, 31.

No caso da Caixa onde um dos grandes ataques era ao plano de saúde o sindicato está orientando que se aceite o acordo onde as resoluções do governo golpista através da CGPAR sejam aplicadas a partir de 2021 e onde os bancários que forem admitidos após esse acordo já estarão submetidos à nova legislação.
Tudo isso foi parte da farsa que protagonizou a direção do comando nacional junto aos banqueiros. Após uma assembleia realizada no dia 8 de agosto os bancários sequer tiveram a oportunidade de votar um plano de lutas consequente, reuniões nas agências e locais de trabalho que pudesse organizar desde a base ações que mostrassem a força desta categoria estratégica ainda mais em um cenário político pautado pelos ataques a classe trabalhadora.

Enfrentamos um cenário onde estão em jogo os direitos não só dos bancários, mas da classe trabalhadora como um todo. Há muito descontentamento entre os trabalhadores que sentem que o golpismo tem se aprofundado, ainda mais em um cenário onde as eleições estão sendo tuteladas pelo poder judiciário.

Sabemos que independentemente do resultado das eleições quem for eleito seguirá a agenda de ataques para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. Não podemos ficar de braços cruzados esperando que alguma solução venha por fora da organização e luta dos trabalhadores.

Por isso chamamos os bancários de todo país a lotar as assembleias para impedir que as direções burocráticas de nossos sindicatos enterrem esse movimento que sequer pode mostrar sua força, se entramos em greve podemos pressionar ainda mais os banqueiros e lutar para que essa greve sirva de exemplo na luta contra os ajustes.

 
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