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ELEIÇÕES 2018: DIREITO AO ABORTO
Mostrando seu oportunismo Ciro diz que não pauta o aborto para não confrontar cristãos
Maythê Rocha

Ciro Gomes, cantidato a presidência pelo PDT, afirmou durante agenda pública na cidade de Osasco, em São Paulo, que a discussão sobre aborto não é tarefa do presidente da República e ainda complementou dizendo que não é sua intenção confrontar cristãos.

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Ciro escancarou seu oportunismo com o eleitorado religioso ao falar sobre um tema tão necessário para a vida das mulheres, que é a legalização do aborto, quando afirma “Eu não vou confrontar a população cristã, católica do Brasil, introduzindo uma tarefa que não é do presidente da República, é do Congresso”.

"Legalização ou não, não é tarefa da presidência da República", afirmou o candidato

Memo sabendo que no Brasil, propostas que tentam ampliar as situações em que a interrupção da gravidez deve ser permitida estão paradas no Congresso Nacional desde 1989. E, mais recentemente, projetos que restringem ainda mais o acesso ao aborto avançaram no Legislativo, juntamente com o crescimento da Bancada Evangélica.

No final do ano passado, uma comissão da Câmara aprovou uma proposta de emenda à Constituição que estabelece a proteção da "vida desde a concepção".

Mas Ciro conhece bem este congresso ao qual joga a responsabilidade da discussão do aborto, e tem ainda mais convicção de suas posições sobre esse tema, e nós também os conhecemos bem, e sabemos de qual lado o candidato está.

Desde 2002, Ciro Gomes já se pronunciava publicamente contrário a legalização do aborto, como em uma entrevista que deu ao programa "Gordo a Go-Go", da MTV, onde afirmou na época, considerar este assunto apenas da mulher e da "família", e ainda completou dizendo "Não é da política, do governo e muito menos da polícia".

Hoje, no Brasil, o aborto é considerado crime e as estimativas apontam mais de meio milhão de abortos realizados clandestinamente todos os anos. Cerca de 4 mulheres morrem por dia devido às complicações do procedimento realizado de maneira precária e ilegal. Destas, 3 são mulheres negras.

A Igreja não pode continuar com o poder que tem sobre os nossos corpos. Precisamos lutar pela separação definitiva da Igreja e do Estado e lutar para acabar com o aborto clandestino e que todas as mulheres tenham o poder de decidir se querem seguir com a gestação ou não e impor esta conquista com luta e mobilização.

 
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