Contribuindo com sua dose de ingerência sobre as eleições, o MPE emitiu um parecer assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jacques Medeiros, baseado na Lei Ficha Limpa, para defender a cassação do registro de Lula, independente que isso signifique uma sobreposição ao direito do povo decidir em quem votar.
O documento se somou ao pedido da procuradora-geral da República e procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, que também ia contra esse direito, junto a pedidos de Bolsonaro, e outras figuras reacionárias.
É cada vez mais flagrante o autoritarismo do Estado nesse processo eleitoral, cujos arbítrios de distintas instâncias do Judiciário estão ignorando até mesmo a ONU para tentar impedir a candidatura, cometendo absurdos como ir contra Lula receber visitas, caçar seu tempo de TV.
Mesmo que Lula e o PT não mereçam confiança, sequer o voto, dos trabalhadores pelos seus anos rifando direitos e assumindo métodos da direita, é um absurdo que estejam negando resquícios de democracia desse regime capitalista decadente, que é a escolha do voto para presidente de milhões de brasileiros. Tudo isso está a serviço de facilitar a eleição de um candidato mais vendido que Lula, que dê continuidade ao governo Temer, termine de aprofundar os ataques e privatizações, iniciados no segundo mandato de Dilma.
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