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DIA DO BASTA
UFMG se mobiliza e impõe pauta sobre o corte da CAPES no "dia do basta" em BH
Fanm Nwa
Maré
Professora designada na rede estadual de MG

O ato do dia do basta em BH foi pequeno graças a mais uma traição das centrais sindicais que agora querem reformar a Reforma Trabalhista ao invés de revogá-la. Mas um terço dos presentes eram estudantes, professores e técnicos administrativos da UFMG se manifestando contra o corte de bolsas da pós-graduação e do PIBID anunciado na semana passada pela CAPES. Esse setor importante e expressivo não deve confiar nas direções da CUT e das grandes centrais que traem nossas lutas, mas sim exigir que rompam a trégua aos golpistas e que organizem um plano de lutas contra os ataques e pela revogação das reformas e da PEC55.

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Além da presença no ato, que ocorreu na praça Afonso Arinos, técnicos-administrativos, professores e estudantes também paralisaram as atividades e as aulas em alguns prédios da universidade, como a Faculdade de Educação e o Instituto de Ciências Biológicas, contra os cortes das bolsas da Capes, anunciados em nota pela agência de fomento e que pode comprometer profundamente a produção científica e de conhecimento no Brasil e colocar em risco a existência de programas de pós-graduação, o que também afetará, sem dúvida, a própria graduação a nível nacional.

O "dia do basta", convocado pelas grandes centrais sindicais com centralidade na proposta petista de reformar a reforma trabalhista, é mais uma demonstração de trégua que as direções sindicais, principalmente a CUT e a CTB, têm dado a Temer e aos golpistas para avançar com seus ataques.

Uma grande reivindicação do dia do basta é também por "Lula livre", mas nem a defesa do direito de Lula ser candidato é levada a sério por esses setores, que deveriam ter organizado a luta contra a prisão de Lula e a luta pelo direito do povo decidir em quem votar. Mas nenhuma dessas lutas foi organizada porque apostam em uma estratégia eleitoralista, aceitando as regras do jogo impostas pela Lava Jato e pelo STF golpistas, para lançar o PT nessas eleições – com ou sem Lula.

O tamanho do ato em BH, com aproximadamente 400 pessoas apenas, é resultado dessa política de trégua e também do controle que a Lava Jato e o STF fazem nessas eleições, tornando-a extremamente antidemocrática com a prisão arbitrária do Lula e a submissão das centrais sindicais a esse controle. Não votamos nos candidatos do PT e nem defendemos o seu programa, mas defendemos o direito de a população votar em quem quiser.

Leia também: Não se pode enfrentar os golpistas e os patrões sem combater a burocracia sindical e seu programa

Apesar de não ter sido construído e de apresentar um programa rebaixado frente a um ataque como a reforma trabalhista propondo procurar “pontos positivos” nesse ataque contra os trabalhadores, e pior: apesar de não falar do escandaloso corte de bolsas anunciado pela CAPES na semana passada, os três setores da UFMG compuseram o bloco mais expressivo da manifestação em Belo Horizonte, somando um terço de toda a manifestação, e colocaram em pauta a luta contra o corte de bolsas na pós graduação e no PIBID.

Esse pode ser o início de um importante momento na UFMG, em que os três setores – estudantes, professores e técnicos-administrativos – continuem se mobilizando unificados, organizados desde a base, para lutar contra os ataques à educação, como fizeram em 2016 contra a PEC 55 (atual EC 95/2016).

Para isso, é preciso que o DCE e cada D.A. e C.A., como DA FAFICH, o DA da Belas, o DA Bio e o DA FaE, e suas direções, como o Correnteza e o Afronte, organizem assembleias nos prédios da universidade, envolvendo todos os cursos e unificando com os técnicos-administrativos e professores, para colocar essa discussão em pauta e retomar a mobilização estudantil na UFMG, planejando os próximos passos dessa luta. Os estudantes dos cursos devem exigir de suas direções que não tenham confiança na trégua das centrais sindicais e nesses chamados a mobilização vazios, mas que exijam das centrais sindicais e da UNE que rompam a trégua com o governo golpista e organizem a luta contra seus ataques, unificando as demandas da juventude e da classe trabalhadora.

É preciso lutar pela revogação das reformas que já foram aprovadas pelos golpistas, seguida pelo não pagamento da dívida pública que entrega nossas riquezas para os capitalistas enquanto cortam da saúde e educação para que nós paguemos pela crise. E que essa luta esteja ligada à luta para que o povo possa ter o direito de escolher em quem votar, sem que isso seja decidido por juízes que não foram eleitos por ninguém e fazem parte da continuidade do golpe institucional ao manter Lula preso arbitrariamente.

Confira o vídeo de Flávia Valle, professora da rede estadual e militante do MRT, e Maria Eliza, estudante de biologia da UFMG e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas e da juventude Faísca, direto do local do ato:

 
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