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MACHISMO
PUC-SP: direitistas rasgam cartazes da campanha em defesa da legalização do aborto
Redação

Nessa terça-feira amanheceram rasgados os cartazes colados na PUC-SP em defesa da legalização do aborto na Argentina e no Brasil, direitistas defensores do obscurantismo fazem isso para impedir que as mulheres tenham seus direitos garantidos e assim na pratica defendem que as mulheres sigam morrendo por abortos clandestinos. Ao rasgar os cartazes querem calar as vozes das mulheres em luta.

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A PUC é uma universidade católica ondeseu Grão-Chanceler, o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, o mais alto cargo da universidade, acima da própria Reitora Maria Amalia, já se pronunciou publicamente contra o direito das mulheres de interromper a gravidez até nos casos legais, como das grávidas de fetos com anencefalia ou microcefalia e contra inclusive nos casos em que a mulher corre risco de vida. Ou seja, para o alto cargo da igreja e da PUC, a vida da mulher não importa, para ele a mulher é aparentemente só tem como papel fazer filhos.

Essa é a hipócrita defesa da vida que deliberadamente escolhe que a mulher deve morrer. É também a hipocrisia de quem acha que as mulheres são obrigadas a serem mães, mas não garante condições para que exerçam sua maternidade, como é o caso da PUC que possui diversas estudantes e trabalhadoras que são mães, mas não possuem uma creche onde possam deixar seus filhos.

Quem rasgou os cartazes pelo direito ao aborto, compactuam com essas idéias mais reacionárias onde a mulher deve ser casta e objeto dos homens. Ideias que são escandalosas num país que tem números recordes de feminicídio, como no recente caso de Tatiane, e de mortes por abortos clandestinos.

Foto da campanha pela cidade

Rasgar os cartazes é se colocar do lado dos governos como de Michel Temer e Mauricio Macri, que hipocritamente impedem o direito ao aborto, mas obrigam as mulheres a trabalharem nos locais mais precários, no Brasil é legal via reforma trabalhista que uma mulher grávida trabalhe em locais insalubres. É se colocar do lado de ideológicas machistas que justificam piores salários para as mulheres, é se colocar do lado da igreja, onde a mulher deve ser servil ao homem e por via disse se calando aos milhares de casos de violência contra a mulher.

Mas antes de tudo, rasgam porque temem que essa força feminina se varra todo o conservadorismo, o obscurantismo religioso, se coloque contra o trabalho precário e a dominação capitalista que lucra em cima da desigualdade e do machismo. Querem antes de tudo impedir que as mulheres sejam o sujeito de sua luta, e que essa luta saia dos controle capitalista e se transforme numa tsunami pelo mundo.

Diante desse ataque a campanha e dos posicionamentos criminosos de Dom Odilo contra os direitos das mulheres, se faz mais do que necessário levantar na PUC uma forte luta pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito, e mostrar para essa universidade conservadora e elitista que nós mulheres que estudamos na PUC não somos coniventes com a morte de milhares de mulheres todos os anos. Também devemos nos organizar para exigir que o Estado seja laico de fato, que Igreja e Estado sejam assuntos separados, e na PUC também não aceitaremos que a Igreja decida sobre nossos corpos.

Esses Cartazes que fazem parta da campanha que o MRT e o grupo de mulheres Pão e Rosas esta trazendo para o Brasil, junto a centenas de mulheres, para que a “maré verde” da Argentina cruze a fronteira, e consigamos conquistar esse direito também em terras brasileiras. Chamamos a todas estudantes, professores e trabalhadores da PUC a participarem da campanha e compor o ato nesse dia 8, em frente ao consulado argentino.

 
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