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Demitidos da GM falam ao Esquerda Diário
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Entrevistamos dois trabalhadores demitidos da GM

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O Esquerda Diário entrevistou dois operários demitidos da GM.

Segue entrevista abaixo:

Metalúrgico demitido da GM que preferiu não se identificar: "Eu estava lá no meu apartamento, mexendo no WhatsApp, e, no grupo da fábrica, o pessoal começou a mandar fotos das cartas, falando que recebeu. Até então, eu não tinha recebido nada. Liguei lá em casa e perguntei se tinha chegado alguma coisa para minha mãe. "Não, não chegou nada". Aí minha noiva recebeu ligação do supervisor dizendo que ela podia voltar a trabalhar, que ela não tinha sido demitida. Só que a minha carta chegou ontem, às 15h. Então as demissões estão continuando, né. Não foi só no sábado. E o pessoal de casa ficou assustado, porque eu estou com casamento marcado agora para outubro. Então, no sábado, quando começaram a chegar as cartas, eu estava lá mexendo no apartamento, a gente está colocando piso na cozinha e pagando para o casamento. Agora, só Deus sabe... Por isso a gente tem que lutar mesmo. A expectativa é que a greve continue por um mês...pelo máximo que der para a gente conseguir voltar, porque a crise está brava, né. Ninguém está conseguindo emprego. E é o que o Macapá [presidente do sindicato] falou, para a gente manter nosso padrão de vida também, né."

Renan: "Meu nome é Renan, eu sou funcionário, pelo menos era funcionário da GM até pouco tempo atrás. Fui demitido por telegrama esse fim de semana, véspera de Dia dos Pais, não só eu, como muitos trabalhadores da General Motors. Tanto hoje como ontem tivemos assembleias, para buscar nossos direitos, para reverter essa situação que é muito constrangedora, muito triste para a gente. E espero que, com a força, juntando o sindicato e os trabalhadores, a gente possa reverter essa situação e voltar o mais rápido possível ao trabalho. Eu estou na GM faz 4 anos e meio. A minha reação foi de muita tristeza, né. Eu sempre me dediquei ao máximo na empresa e você receber uma demissão por telegrama, sem ao menos uma conversa, é muito triste. Minha mãe teve que comentar, porque ela que recebeu esse telegrama, na verdade. Eu estava na cidade, com a minha mulher, aí você já imagina a frustração de um pai e de uma mãe de família terem que dar a notícia para o seu filho, né, de uma demissão. Mas creio eu que a força está sendo muito boa, espero que reverta essa situação e a gente está firme aí na luta."

 
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