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RIO GRANDE DO SUL
A pré-candidatura de Sartori é uma afronta aos professores e servidores gaúchos
Valéria Muller

Rechaçado por boa parte da população, o José Ivo Sartori (MDB) vai tentar se reeleger no RS. Depois de quase quatro anos deixando milhares de trabalhadores do serviço público na miséria com atrasos e parcelamentos de salário, Sartori quer se reeleger para seguir fazendo a classe trabalhadora e o povo gaúcho pagarem pela crise.

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Foto: Samuel Maciel / CP

A crise econômica no Rio Grande do Sul segue profunda. A disputa eleitoral deve ser permeada por discursos vagos que não enfrentam o problema e de fundo prometem às elites locais mais ataques contra os trabalhadores e o povo, para que sigamos pagando pela crise.

Chama atenção a pré-candidatura de Sartori, atual governador do estado, que inclusive aparece bem colocado nas pesquisas. É revoltante que depois de quase quatro anos atacando a classe trabalhadora, buscando privatizar o estado, parcelando e atrasando salários e deixando professores e servidores públicos na miséria, Sartori esteja novamente na disputa.

Embora a não reeleição seja um tipo de tradição no estado, neste momento em que os pré-candidatos pouco aparecem frente à opinião pública Sartori está bem colocado nas pesquisas. Há, sobretudo no interior do estado, uma ampla base conservadora que considera que o único caminho em meio à crise é mesmo parcelar e atrasar salários dos trabalhadores do serviço público, além de privatizar empresas estatais.

Sartori até tentou avançar nesse sentido, porém a força da greve dos professores de 2017 impôs limites. Isso apesar da direção do CPERS e do PT, que na categoria se negavam a unificar a luta com os municiparios e na Assembleia Legislativa chegaram a ajudar Sartori a garantir a sessão quando os professores bloquearam o prédio em protesto contra o governo. Durante a greve o governo ficou totalmente paralisado e não conseguiu avançar para aderir ao Plano de Recuperação Fiscal de Temer e para avançar também na privatização da Sulgás, CRM e CEEE. O plano previa ainda mais ataques em troca de mais endividamento, acumulando ainda mais juros para os gaúchos pagarem com seus impostos.

Mesmo em 2018, passada a greve, Sartori não conseguiu recompor sua base para votar esses ataques. Também a proximidade das eleições pressionou a Assembleia Legislativa, e vários partidos que outrora foram parte do governo Sartori foram rompendo.

Além de Sartori outros 7 nomes aparecem como pré-candidatos para o governo do RS: Miguel Rosseto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luiz Carlos Heinze (PP), Jairo Jorge (PDT), Abigail Pereira (PCdoB), Mateus Bandeira (NOVO) e Roberto Robaina (PSOL).

Até o momento nenhum deles apresenta um programa capaz de enfretar a crise no estado sem que os trabalhadores e o povo sigam pagando por ela. As perspectivas no RS é que, trocando ou não os partidos que governam, mais ataques serão feitos para garantir os lucros dos sonegadores e das elites do estado. Não há caminho para que a crise seja paga pelos capitalistas por fora de enfrentar as isenções fiscais, as sonegações e também os lucros das elites locais.

A começar pelo não pagamento da dívida publica, além do fim das isenções e da cobrança dos sonegadores. Aqueles empresários que vem dando calote nos cofres públicos precisam ter seus bens confiscados sem direito a indenização, colocando nas mãos da classe trabalhadora o controle dessas empresas. Mas para isso é necessário resgatar o grande exemplo dos professores em 2017, que se ergueram contra Sartori e mostraram que quem faz este estado funcionar é a classe trabalhadora, e não uma casta política privilegiada e uma elite minoritária e exploradora.

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