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MONOPÓLIOS EDUCACIONAIS
Tubarões do ensino avançam sobre o ensino básico no Brasil
Eduardo Máximo, delegado sindical da Agência 7 de Abril

Após terem conquistado o terreno do ensino superior no Brasil, onde cerca de 78% das instituições de ensino superior são privadas, lucrando através de subsídios concedidos pelo governo como foi através do programa FIES; agora fincam seus pés também no terreno do ensino básico.

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A mercantilização do ensino no país é objeto de interesse dos grandes capitalistas também na educação básica, segundo dados do MEC no censo de 2017 o Brasil possui hoje, do total de 184,1 mil escolas de educação básica, cerca de 21,7% de escolas particulares, voltadas principalmente para o ensino infantil e fundamental.

O interesse dos grandes capitalistas está no fato das escolas estarem pulverizadas em diversas instituições que seriam mais fáceis de adquirir, além do cálculo das mensalidades girarem em torno de R$ 60 bilhões segundo a consultoria Hoper, valor que estaria acima do total movimentado pelo ensino superior girou em torno de R$ 54,5 bilhões em 2017.

Além da investida sobre as escolas de ensino básico, o maior monopólio da educação no mundo, a Kroton-Anhaguera após aquisição da Somos Educação passou a ter presença também na produção sistemas de ensino e material didático que também é fornecido para o ensino público, outro flanco onde podem lucrar com a educação dos jovens brasileiros e que deve contar com a ajuda do governo assim como foi o FIES no ensino superior. A tendência é que cada vez mais estes grupos passem a influenciar as políticas na educação do país.

Grande parte dos acionistas desses grandes monopólios são investidores americanos que buscam espoliar o Brasil também através da educação. Um dos exemplos é a gigante do mercado financeiro JP Morgan que é uma das grandes acionistas da Kroton-Anhanguera.

Assim como fazem através do mecanismo da dívida pública que serve aos banqueiros e capitalistas nacionais e imperialistas para drenar a riqueza produzida pelos trabalhadores em nosso país e fazer com que os trabalhadores paguem pela crise dos capitalistas, os banqueiros também querem lucrar com a educação dos jovens brasileiros contando com a ajuda do governo.

O não pagamento da dívida deverá tornar concreta a estatização de todas as escolas e universidades particulares, para que a juventude possa ter de fato acesso à universidade junto à abolição do filtro racista e elitista que é o vestibular. Somente com escolas e universidades geridas democraticamente por professores, estudantes e controlada pelos trabalhadores, é possível vencer o controle da educação pelos interesses mercadológicos e do lucro, arrancando das mãos dos tubarões do ensino, das burocracias acadêmicas e estatais. Nesse sentido haverá a possibilidade de uma educação gratuita e de qualidade e por um conhecimento que seja livre, em favor dos trabalhadores do povo pobre.

 
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