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TEMER ATACA QUILOMBOLAS E INDÍGENAS
Temer corta bolsas de estudos de indígenas e quilombolas enquanto paga trilhões para a dívida pública
Letícia Parks

Enquanto mais de R$1 trilhão por ano é pago em mesada para banqueiros, Temer ajusta as contas da educação mais um vez, agora retirando o direito à permanência estudantil de estudantes quilombolas e indígenas.

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O Programa de Bolsa Permanência (PBP) foi criado em 2013, durante o governo de Dilma Roussef (PT). O programa se destina especificamente aos estudantes quilombolas ou indígenas que conquistam acesso às universidades federais, e foi cortado desde o início do ano de 2018, pelo golpista Michel Temer (PMDB).

Há relatos de estudantes vivendo em situações fortemente precárias devido a esse corte, já que muitos tem renda inferior a R$250,00 por mês. Enquanto o programa é cortado, o governo federal segue fielmente pagando a dívida pública, que custa aos cofres públicos cerca de R$1 trilhão ao ano.

O próprio governo do PT, tanto o de Lula quanto o de Dilma Rousseff, mantiveram o pagamento desse roubo do imperialismo norte-americano contra nossos recursos, tendo pago, juntos, mais de R$8 trilhões para a dívida.

Essa situação é comprovação da fragilidade que programas como esses tem, junto a muitas outras reformas realizadas pelos governos PTistas. Ainda que tenham garantido acesso à universidade por alguns setores que nunca imaginaram estar ali, não realizaram uma transformação profunda da realidade da universidade, que segue sendo gerida pelos mesmos burocratas, ricos e patrões que governam o país e que escolhem sempre pagar dinheiro aos banqueiros em lugar de garantir o direito à educação gratuita, pública e de qualidade.

Há uma importante luta em curso nas universidades estaduais paulistas, que sofrem uma forte precarização fruto da mesma lógica de prioridades dos governos estaduais e das reitorias. Enquanto reitores e burocratas recebem super salários, estudantes pobres são obrigados a deixar a universidade pela falta de permanência estudantil e trabalhadores trabalham cotidianamente nos bandejões com terríveis doenças ocupacionais, físicas e psicológicas. Trabalhadores, incluindo os professores, não tem seus salários reajustados há anos e sofrem uma crescente desvalorização de seu trabalho.

Em meio a essa luta, é preciso abraçar a demanda dos povos indígenas e quilombolas, que pelo histórico racismo de nosso país, são furtados de direitos mínimos, que vão desde o acesso à educação até a demarcação de suas terras, que são violentamente invadidas pelo agronegócio. Junto disso, também é preciso lutar por um projeto de universidade que acabe com as reitorias e os mandos e desmandos dos governos, colocando as universidades para funcionar sob uma gestão tripartite, de maioria estudantil e composta também por professores e funcionários e sob controle popular. Não pagando a dívida pública também é possível ter recursos suficientes para que todos possam estudar, sem a necessidade do vestibular e com permanência estudantil para toda a demanda.

 
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