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CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS
Pedro Parente é acusado de favorecer JP Morgan: esquema de corrupção filho da Lava-Jato
Redação

Pedro Parente, ex-presidente da Petrobrás, fez um pagamento antecipado ao banco JP Morgan no valor de US$ 600 milhões (R$ 2,2 bilhões) de uma dívida que só venceria em 2022. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou na justiça pela devolução da soma.

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Nessa segunda-feira, 4, a FUP moveu uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Ele realizou um pagamento antecipado no valor de 600 milhões de dólares (2,2 bilhões de reais) ao banco americano JP Morgan. O valor é um antecipamento de uma dívida que tem vencimento apenas em setembro de 2022.

Parente, que autorizou pessoalmente o pagamento, é sócio de José de Menezes Berenguer Neto, presidente do banco. A esposa de Parente, Lúcia Hauptman, é procuradora de Berenguer.

São ao menos duas empresas cuja propriedade conjunta é de Berenguer e o casal Parente e Hauptman: Kenaz Participações Ltda. e Viedma Participações Ltda., sendo uma delas sediada em um imóvel de propriedade de Parente.

Ou seja, fica muito evidente aqui o estreito laço de Parente com o banqueiro e o favorecimento absurdo feito com dinheiro da estatal, configurando um escandaloso caso de corrupção gerido diretamente pela alta cúpula da Petrobrás no período do governo Temer.

Para quem acha pouco, há outros indícios de corrupção comandada por Parente à frente da petrolífera: o grupo de gestão financeira e empresarial presidido pela sua esposa, Prada Administradora de Recursos Ltda., do qual Parente é sócio fundador, teve uma imensa expansão nos negócios, com aumento de clientes e carteiras de investimentos, após o PSDBista assumir a presidência da Petrobrás. O volume de compras de ações feitas pela Prada saltou de R$ 403 mil, em dezembro de 2015, para R$ 3,2 milhões, em dezembro de 2016.

O que isso demonstra é que, como alertamos inúmeras vezes nesse Diário, tanto as investigações da Lava-Jato e todo seu operativo, como o golpe institucional que colocou Temer na presidência, nada tem a ver com o combate à corrupção. O velho esquema que estava instalado antes foi substituído por um novo, mais ligado ao imperialismo americano, como podemos ver pelo caso do JP Morgan, e também a facilitação da privatização da empresa, expressa por toda a política de preços de Parente.

Veja mais: Entenda a política de preços na Petrobras em 9 pontos

Por isso, é fundamental termos consciência de que além do novo esquema de corrupção, algo muito mais profundo está em curso, com o total desmonte da maior estatal brasileira e sua entrega a preço de banana para o capital imperialista. Enquanto isso, o povo segue amargando os preços absurdos da gasolina e do gás de cozinha. Para lutar por uma Petrobrás sem corrupção e sem que seja vendida aos capitalistas, é preciso levantar a bandeira de uma Petrobrás 100% estatal e sob controle dos trabalhadores.

 
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