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Contagem /MG
Trabalhadores da Acument votam greve
Tassia Arcenio
Professora e assistente social

Trabalhadores da Acument votaram greve por tempo indeterminado. A greve acontece no aniversário de um ano das 80 demissões na empresa e teve como "presente" da patronal italiana outras 16 demissões consumadas no último dia 05 de agosto

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Ontem em Contagem os trabalhadores da Acument (antiga Mapri) deram um passo à frente e mostraram toda sua disposição de luta aprovando a greve proposta pelo sindicato, dirigido pela CUT. Como lembraram alguns trabalhadores, a greve acontece no aniversário de um ano das 80 demissões na empresa e teve como "presente" da patronal italiana outras 16 demissões consumadas no último dia 05 de agosto, havendo possibilidade de mais 4 demitidos.

Nas assembleias nos turnos da manhã e da tarde, os trabalhadores aprovaram a greve por tempo indeterminado, tendo como pauta principal a proposta do sindicato pelo aumento da Participação nos Lucros e Resultados. A patronal italiana quer que a PLR seja de 3.000,00 mil reais, menor que a do ano passado, que foi 3.850,00, e o sindicato negocia 3.900,00. A inflação acumulada nesse período chegou a 8,47%.

No turno da noite foi realizado um piquete e seguindo a dinâmica do dia a produção permaneceu parada. Como pautas secundarizadas pelo sindicato entram as reivindicações de melhorias na refeição e a tentativa de reverter outras 4 possíveis demissões. Os operários, que já vinham trabalhando além do seu limite físico, enfrentam agora a falta de mais 16 demitidos. No final do dia, os trabalhadores grevistas tiveram seu ponto cortado.

A luta contra as demissões, questão que hoje é central para todos os trabalhadores da indústria, permanece secundarizada na proposta do sindicato. Assim, as demissões continuam em toda a região de Contagem, Barreiro e Belo Horizonte.

O sindicato da CUT, além de não ter organizado uma grande batalha contra as demissões, defende ao lado de Dilma programas como o PPE (que na prática é um Programa de Proteção aos Empresários). Buscam aproveitar a mobilização justa e importante dos trabalhadores para negociar com a patronal italiana a retirada de direitos e novos ataques como férias coletivas e como se dão as demissões.

Junto às diversas reivindicações dos trabalhadores, é necessária a mais ampla defesa de todos os postos de trabalho. Isso para que os trabalhadores que dedicam horas e horas do seu dia na empresa e produzem toda a riqueza do país, não percam seu sustento e de sua família, ainda mais em um momento em que tudo fica mais caro: alimentação, água, energia, combustível, acesso à educação, saúde, moradia e lazer.

A crise não pode ser descarregada nas costas dos trabalhadores: que a patronal, os capitalistas e seus governos paguem pela crise que eles próprios criaram.

 
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