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Trabalhadoras terceirizadas da Unesp de Marília serão contratados pela nova empresa
Ana Carolina Fulfaro

Trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da limpeza da Unesp de Marília que estavam ameaçadas de demissão, serão contratados pela nova empresa a partir do dia 8 de agosto, dia em que começa o novo contrato. Porém, devemos continuar a mobilização contra a precarização do trabalho que só vem aumentando.

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A campanha contra a demissão das trabalhadoras terceirizadas teve apoio do Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da Usp), CACH (Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp), trabalhadores do metrô de São Paulo, ex-estudantes da Unesp, estudantes da USP, UFMG, parlamentares do Psol e muitas outras pessoas que mandaram foto para a página da campanha e divulgaram em outros meios.

Todas essas medidas de solidariedade foram funda mentais para divulgar, conseguir apoio e pressionar a Unesp e a empresa a não demitir as trabalhadoras, mas não podemos parar. Mesmo que não sejam demitidas, o avanço da precarização do trabalho só vem se intensificado. O número de prédios e de locais que deverão limpar só aumentam. Foram novos prédios de aula e de pesquisa construídos e com essa nova licitação as trabalhadoras terão que limpar o espaço do CCI (Centro de Convivência Infantil), por exemplo, o que antes não era feito por elas.

Além disso, a Unesp contrata o serviço e não se responsabiliza pela quantidade de funcionários contratados e nem pelas condições de trabalho impostas. Quer apenas saber se a limpeza está sendo feita. Em 2014, com a argumentação de que os trabalhadores ficaram muito tempo sem fazer nada, a Conserv diminuiu o turno, demitiu trabalhadores e a Unesp nada fez.

Também no ano passado, durante a greve de trabalhadores e estudantes em Marília, em nossa pauta unificada estava a demanda de que as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da FFC tivessem acesso à estrutura da universidade, podendo utilizar biblioteca, o laboratório de informática e o Wi-fi, bem como o restaurante universitário mediante a adequação de seu horário de almoço. A resposta da direção da Unesp de Marília foi de que “os serviços em destaque destinam-se ao atendimento das atividades fins da Universidade: ensino, pesquisa e extensão e exigem vínculo institucional”. Negando aos trabalhadores o mínimo acesso à estrutura básica, argumentando ainda que o cadastro de 15 trabalhadores na rede de internet iria superlotar o sistema.

Não podemos aceitar que a suposta universidade de “excelência” seja mantida com a maior precarização do trabalho sob as costas das e dos trabalhadores que garantem seu funcionamento diário. Todas e todos devem ser efetivados sem necessidade de concurso público! O trabalho terceirizado ainda está aí, e com a PL4330 irá aumentar ainda mais. São postos de trabalho que recebem menos, não tem os mesmos direitos trabalhistas, não tem estabilidade, segurança no trabalho, e que são ocupados sobretudo por mulheres negras que ainda enfrentam uma segunda jornada de trabalho em casa. Não podemos aceitar o avanço da terceirização em nenhum lugar!

 
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