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ECONOMIA
FMI propõe intensificação dos ataques no Brasil para “estabilizar a economia”
João Salles
Estudante de História da Universidade de São Paulo - USP

Num contexto de guerra comercial e expansionismo fiscal entre as próprias potências imperialistas e a China para reestruturação de suas economias e mercados o FMI dita aos países de “Terceiro Mundo”, dependentes no sistema capitalista, políticas de austeridade que visam aumentar o escoamento de recursos e impedimento da soberania nacional.

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A recente declaração do FMI sobre a economia brasileira é que a dívida pública tem projeção de atingir 87,3% do PIB em 2018, consideravelmente maior que a média dos outros países ”emergentes" que ficará em 51,2%, portanto o governo deve aproveitar o suposto crescimento econômico para adiantar a execução dos ajustes e reformas para estabilizar a dívida bruta antes de 2024.

Isso mostra como a política golpista de Michel Temer e do FMI não está desalinhada, pelo contrário, a “recomendação técnica” é justamente que se intensifiquem os ataques à classe trabalhadora e se renegocie os juros e a própria dívida para evitar o calote, provando o caráter de elo débil da economia brasileira e estratégico para o imperialismo.

Para provar a incapacidade desse projeto de recuperar a economia de um país tomemos o exemplo histórico e recente da Grécia. Após seguidos pacotes de austeridade aprovados por cima da reprovação sumária da classe trabalhadora grega a economia continuou a ser desmantelada e os cortes pareciam ser cada vez mais “insuficientes” para dar conta da crise que vivemos desde 2008.

Partindo dessas caracterizações vemos a importância de um plano econômico que dê conta de superar a crise pela esquerda. À começar pelo rompimento radical com rentismo imperialista pelo não pagamento da dívida pública, aspecto fundamental para conquista da soberania nacional e a reversão de todas as medidas de ataque à classe trabalhadora: “reforma” trabalhista, terceirização irrestrita etc. Permitindo assim um direcionamento da receita para investimentos intensos na modernização do pátio industrial e diversificando os ramos da economia, romper com o projeto de “fazenda do mundo” da exportação de commodities é o rompimento com o imperialismo.

A nacionalização do sistema financeiro e a detenção do monopólio do comércio exterior são medidas que, paulatinamente a descrita acima, tornarão capaz a resistência dos ataques da burguesia imperialista como embargos, encerramento dos investimentos externos e desvalorização especulativa da moeda. Mas de fato as empresas e o sistema financeiro uma vez estatizados não podem ter uma produtividade real senão estando diretamente na mão dos trabalhadores, a burocracia já escancarada se mostra ineficiente e incapaz de ser alternativa.

Com a divisão do trabalho entre todos, alcançando o pleno emprego sem redução do salário e com a diminuição da jornada, junto a efetivação imediata de todos os trabalhadores terceirizados se acaba a segregação entre trabalhadores de “primeiro e segundo nível" e se obtem a base para a superação completa dessa crise profunda.

A questão chave do projeto é atacar na raiz do problema, adotando medidas anticapitalistas que ataquem as estruturas desse regime como a propriedade privada, a quantidade massiva de desempregados e o próprio controle da produção, mostrando como apenas um programa revolucionário de fato é capaz de dar conta de acabar com os lucros criminosos da burguesia e a consequente miséria da classe trabalhadora.

 
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