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INTERNACIONAL
Secretário-geral da OTAN diz que bombardeio na Síria foi um "recado para a Rússia e o Irã"
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Jens Stoltenberg, secretário geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), reconheceu nesta segunda-feira que o recente ataque conjundo dos Estados Unidos, Reino Unido e França contra a Síria foi, em suas palavras, um "recado" direcionado para a Rússia e o Irã.

"A operação foi um recado claro ao regime do [presidente sírio Bashar al] Assad, e à Rússia e ao Irã, que o apoiam. Mostrou que a opinião internacional não pode ficar parada à margem e sem voz", afirmou Stoltenberg em uma entrevista para a emissora turca NTV, segundo informa a agências de notícias EFE.

O chefe da Aliança Atlântica, que estava de visita a Ankara, afirmou que as "Nações Unidas fizeram esforços para uma investigação independente sobre as armas químicas (na Síria)" e disse ainda que a "Rússia havia impedido" esta investigação.

A declaração de Stoltenberg mostra que o suposto "motivo humanitário" não foi mais do que uma máscara usada pelas três potências imperialistas que pretendem legitimar seu militarismo. Ele também reconheceu até este momento, não há provas do suposto ataque químico ocorrido na zona de Duma e muito menos quem teriam sido os responsáveis, se o ataque existiu.

Logo após o ataque imperialista, a ofensiva com sanções

Os Estados Unidos buscam, com apoio de seus aliados, impôr nesta semana uma ofensiva nos organismos internacionais como o objetivo de encurralar o governo da Síria, da Russia e do Irã.

Tanto Washington quanto Londres e Paris, querem fortalecer as conversas do débil processo de Genebra, ampliar sanções e forçar uma investigação vigorosa sobre o suposto uso e armazenamento de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad. Para conseguir isto, as potências imperialistas concentram seus esforços para alcançar medidas do Conselho de Segurança da ONU, Bruxelas e da Liga Àrabe.

Junto à essas medidas, EUA anunciará novas sanções contra Rússia pelo suposto uso de armas químicas por parte do governo sírio. O anúncio foi feito este domingo pela embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.

Leia também: As razões imperiais do ataque contra Síria

Russia afirma que o suposto ataque químico teria sido "uma montagem"

O Ministro russo de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, negou nesta segunda que seu país teria "manipulado" as provas do suposto ataque químico na cidade síria de Duma.

"Posso garantir que a Rússia não manipulou o lugar", afirma Lavrov em uma de suas declarações na rede britânica BBC. O titula da diplomacia russa adicionou que o ocorrido em Duma foi uma "montagem" e descartou que teria sido utilizado armamento químico nesta localidade.

"Não posso ser descortês com os chefes de outros estados, mas vocês citaram os líderes da França, Reino Unido e EUA, e, falando com sinceridade, toda a evidência que eles citam está baseada em informes dos meios de comunicação e das redes sociais", disse Lavrov durante a entrevista.

O ministro adicionou que seu país também não haveria negado acesso dos inspetores da OPAQ à localidade de Duma. De acordo com a delegação britânica desta organização, os inspetores não conseguiram acessar esta zona até o presente momento.

O chefe da equipe britânica da OPAQ, Peter Wilsonn, acusou a Rússia e a Síria de impedir o seu ingresso a Duma e afirmou que estes países "devem cooperar" com a investigação e advertiu que o acesso à zona de ataques é essencial para o trabalho dos especialistas.

Com a guerra civil na Síria, que entrou em seu oitavo ano com um caráter completamente reacionário, a possibilidade de que sejam Rússia e o Irã que dirijam o pós-guerra da síria tem sido um dos motivos dos ataques imperialistas.

EUA e seus aliados ocidentais e regionais buscam impedir o êxito do governo de al-Assad, Rússia e Irã. Estas contradições são as que reatualizam o risco de aprofundar um conflito regional, faz tempo, virou internacional.

O que, em seu momento, começou como um levantamento democrático e popular contra o regime ditatorial de Assad, transformou-se em uma guerra mulitfacetada na qual as potências mundiais e regionais lutam por seus interesses. Neste jogo de interesses reacionário, a população civil que está pagando o preço com 500 mil mortos, 12 milhões de refugiados e de sírios que foram obrigados a abandonar suas casas e uma destruição sem precedentes que virará negócio para os futuros vencedores.

tradução Jean Ilg

 
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