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GREVE DAS FEDERAIS
Aula pública na UNEB conta um pouco do processo de greve
Alícia Noronha

Na tarde dessa Quinta-feira dia 30/07, ocorreu na Universidade Estadual da Bahia uma aula pública em presença de professores e estudantes que contaram sobre o processo que passam e como, apesar de parecer que a greve esta se encaminhando para seu fim, ainda são muitas as reivindicações e que a luta ainda tem muito para caminhar, ainda mais com a intransigência do governo do estado que não assinou o acordo feito com os professores.

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Fonte: RB.AM

Reunidos naquela tarde, o comando de greve estudantil organizou uma aula pública para que a comunidade e a totalidade da universidade pudessem acompanhar o que estava acontecendo e a razão da mobilização na universidade. Na mesa estavam presentes o professor de filosofia Everton Neri Carneiro, e dois estudantes do comando de greve Gustavo Mascarenhas e Patrício Freitas

O professor contou um pouco como a experiência de mobilização no movimento docente deu-se, como a luta que eles travaram era pela ideia da universidade que eles gostariam de fazer parte, a importância das pautas levantadas por eles e a importância da luta para que o governo sequer reconhecesse a greve e pudesse sentar para negociar, como esse processo é difícil e não dá para dizer ainda que são vitoriosos, pois o governador não assinou ainda nada e nem garantiu coisa alguma, então deve-se estar bem espertos para o que virá e que ainda existe muita luta para ser travada para que a universidade seja o ambiente que de fato queremos. E infelizmente, a fala do professor se concretiza e o governo do PT descumpre acordo, fazendo com que a greve continue forte e seguindo para que o governo respeite o movimento grevista e negocie seriamente com eles.

Patrício voltou sua fala um pouco para a situação que a universidade passa, como a falta de creche, de restaurante universitário e como isso só será conquistado a partir de muita luta e força por parte do movimento estudantil. Lembrou também de como o governo vem tratando a greve com total descaso e truculência mandando a polícia para negociar em diversas situações e não sequer reconhecendo os comandos de greve, querendo negociar com os DCEs e sindicatos obviamente, já que esses funcionam sobre os mesmos interesses a partir de direções governistas.

Gustavo atuou nessa mesma linha, lembrando de como o governo de Rui Costa (PT) atuou em uma linha totalmente repressiva com o movimento, contando como foi difícil a negociação e como foi complicado também a articulação do movimento já que são 26 Campus espalhados em 24 cidades do estado que além dessa dificuldade contou com DCEs que atuaram na desarticulação dos estudantes e no esvaziamento dos espaços de greve, ao invés de comporem e construí-los como deveriam. Logo, apresentando total repúdio a esses diretórios centrais dos estudantes que representam a burocracia estudantil e um total entrave a ele, mas que os estudantes em luta não só da UNEB, mas das outras universidades estaduais conseguiram superar e se colocar em luta.

Em uma tarde muito interessante conseguiu se entender um pouco da situação dessa universidade e o que ela passou nesse processo de quase 80 dias em greve e como apesar de pensarmos que a greve caminhava para seu fim, após algumas conquistas fundamentais as quais o governos volta atrás depois, como a revogação da lei 7176/97 que mexia na autonomia das universidades, o processo de lutas está apenas se iniciando e ainda tem muito a ser conquistado. Agora ainda mais, a partir da postura desse governo intransigente. E o que mais tem de ser lembrado disso, é que só com a luta conseguimos mudar, por isso ela só está começando. Inclusive, os próximos passos já estão sendo articulados pelos estudantes com um fórum das universidades estaduais já marcado para o dia 13 de agosto.

O que também tem de ser lembrado é que apesar da atividade ter contado com um aspecto otimista, pois o governo assinaria o documento produzido em negociação na Sexta-feira, não podemos contar com nenhum compromisso vindo do governo, como bem ja havia posto o professor presente. Não podemos contar porque ele não tem nenhum ganho e nenhum interesse em negociar com grevistas, eles querem, como bem já mostrou Rui Costa é reprimir e intimidar o movimento para manter as suas posições privilegiadas dentro da sociedade. Por isso, como na atividade já tinha ficado claro: a palavra de ordem do momento é lutar, logo toda força e solidariedade ao movimento de greve da UNEB e das estaduais baianas.

 
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