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GREVE DOS PROFESSORES MUNICIPAIS
Não tem arrego: relato de uma professora municipal sobre a sua luta
Aline Toffoli

Depoimento de uma jovem professora municipal de São Paulo sobre a greve contra a reforma da previdência do Dória

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Hoje estivemos na Câmara para acompanhar a votação na CCJ do PL 621, mais conhecido como Sampaprev. Após muitos debates acerca do tema, acredito que são poucos que ainda acreditam que este projeto pra trazer algum benefício para o servidor municipal.

Chegamos por volta das 14h e a Câmara já estava lotada de profissionais da educação com muita vontade de lutar pelos seus direitos. Vi jovens, mas também vi muitos senhores e senhoras, alguns já aposentados, que sabem que também serão afetados caso esse projeto passe.

Apenas 150 pessoas puderam entrar para acompanhar a tramitação, o que irritou os demais manifestantes, que buscaram entrar, mas depararam-se com as portas, blindadas, fechadas. Para quem ainda tem dúvida sobre o motivo de forçar a entrada, a Câmara trata-se de um prédio público, que deveria estar a serviço do povo (daí seu nome Casa do Povo) e, portanto, temos o direito de estar ali.

Após os educadores forçarem a entrada com palavras de ordem e com poucas ferramentas além de suas próprias mãos - momento que vimos na linha de frente senhoras já com seus cabelos brancos mas com muita vontade e indignação - contra o que estava por vir.

Iniciou-se, assim, uma grande repressão, com muitas bombas de gás de pimenta em cima de todos, dos que estavam na parte de dentro do pátio externo da Câmara e daqueles que estavam na rua. Muitos corriam, outros tentavam manter a calma. Mas a repressão foi brutal. Muitos de nós saíram muito machucados e precisaram ser levados ao hospital. Muitas professoras já idosas não conseguiram correr tão rápido e foram atingidas pelas bombas.

Mas foi impressionante a resistência dessas trabalhadoras! As bombas dispersavam momentaneamente, mas logo estávamos ali novamente, gritando "Não tem ARREGO", endereçada aos que estavam participando da votação, mas, especialmente ao prefeito Dória.

Por volta das 18h tivemos a notícia de que o projeto não continuaria a ser votado hoje, mas amanhã. Então, fica o chamado para que amanhã às 14h todos os profissionais da Educação, professores, gestão, supervisão, quadro de apoio, estudantes e familiares estejam em frente à Câmara, mais fortes, para barrar de vez esse projeto que só vem para prejudicar a vida dos municipários. Amanhã nenhuma escola deve estar funcionando! Vamos mostrar que os professores de São Paulo não permitirão que seria direitos sejam tomados como eles querem!

 
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