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PRIVATIZAÇÃO
Alckmin também quer privatizar o Brasil. E quer começar pela Caixa.
Thais Oyola - bancária e delegada sindical da Caixa
Eduardo Máximo, delegado sindical da Agência 7 de Abril

Alckmin quer ganhar votos do "mercado" destruindo patrimônio que poderia estar à serviço da população.

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Geraldo Alckmin, governador do estado de São Paulo e pré-candidato do PSDB para a eleição presidencial de 2018, através de seus conselheiros de campanha promete ter uma pauta extensa de privatizações caso eleito, colocando a Caixa Econômica Federal como o primeiro alvo de seu plano de pilhagem dos recursos e empresas nacionais.

Segundo a equipe formada por Alckmin para levar adiante sua campanha, a privatização da Caixa hoje se tornou mais “palatável” para a população, uma vez que a reputação do banco foi mais uma vez abalada pelos escândalos de corrupção envolvendo membros da alta cúpula do banco, que são nomeados conforme os critérios de loteamentos políticos e negociatas. Recentemente a Caixa teve quatro de seus vice-presidentes afastados dos cargos por suspeita de corrupção.

Diferente de sua campanha de 2006, quando buscou ocultar seus interesses privatistas para disputar a presidência contra Lula, Alckmin agora surfa na onda do golpe institucional que, por sua vez, serve pra tentar garantir a privatização dos setores mais estratégicos do país, como a Eletrobrás que está para ser entregue à rapina da sede de lucro de seus compradores. Desta vez Alckmin vem com sua plataforma privatista escancarada.

Não à toa o único banco brasileiro ainda totalmente público, que possui a maior carteira de crédito habitacional do país, correspondente a quase 70% do total; que administra os recursos do FGTS e que tem alcançado lucros crescentes com a promessa de atingir a casa dos 12 bilhões em 2017; é de grande interesse para os tubarões burgueses nacionais e internacionais. Pressão essa que tem operado desde os governos petistas, quando Dilma, após ser reeleita, anunciou estudos para a privatização do banco.

Resultados crescentes às custas da piora das condições de trabalho

Para nós que trabalhamos na Caixa a situação aponta na direção contrária. O banco acaba de anunciar mais um Plano de Demissão Voluntária (PDV) que junto com os dois últimos planos em 2017 vão cortar mais de 10% do corpo funcional. Junto ainda a outras medidas de afastamento e incentivo à licenças não remuneradas pode chegar perto de 15% a menos de funcionários nas agências e departamentos.

Aumentando a carga de trabalho entre os trabalhadores já sobrecarregados e que dão o sangue para atender a população. Nas agências a falta de manutenção dos prédios, falta de materiais básicos de escritório e principalmente a falta de funcionários, que além das demissões e dos afastamentos incentivados, sofre com o congelamento das contratações, deixa claro que existe um plano para o futuro do banco. É latente a sensação entre os bancários da Caixa que a empresa está sendo sucateada para justificar a sua privatização.

Omissão das direções sindicais

Preocupadas apenas com suas entradas financeiras através das ameaçadas contribuições sindicais, as direções encabeçadas pela CUT e CTB tem feito pouco para organizar uma luta efetiva e que tire de vez os planos de privatização do horizonte de quem quer que seja o candidato.

Após deixarem a passagem livre para a aprovação da Reforma Trabalhista, da Terceirização e cantarem como vitória a saída da Reforma da Previdência, que foi substituída pela nefasta Intervenção Militar no Rio, essas direções mostram sua “disposição”.

Os trabalhadores não podem permitir serem mais uma vez espectadores de ataques que terão impactos profundos em suas vidas. É preciso exigir das direções sindicais que coloquem a serviço da luta efetiva em defesa da Caixa, as estruturas sindicais que todos nós contribuímos para que existam.

 
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