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FORA INTERVENÇÃO FEDERAL DO RIO
Frente ao discurso de Temer, Maia e Pezão: quem mata o presente e sequestra o futuro são vocês!
Simone Ishibashi
Rio de Janeiro
Carolina Cacau
Professora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

Temer, Pezão e Maia dizem em discurso que a intervenção federal está a serviço de “impedir que sigam nos matando e sequestrando o futuro”. Mas quem faz isso é justamente eles.

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Foto: (Beto Barata/Presidência da República)

Anunciando o já esperado aumento da repressão Temer começou a rodada de discursos sobre a assinatura do decreto que estipula a absurda intervenção federal no Rio de Janeiro, seguido por Rodrigo Maia e Fernando Pezão. O “vampiro neoliberalista” Temer expressou em um discurso recheado de demagogia marqueteira, que o decreto federal que dá poderes de governador no tema da segurança para o general Braga Netto teria como objetivo impedir que “matem nosso presente, e assassinem nosso futuro”. Dizendo que estaria tomando “medidas duras porque as circunstâncias assim exigem”, quis fazer crer que essa escalada repressiva estaria sendo articulada em benefício do povo.

Além do aumento da repressão Temer ainda fez uma cobrança clara ao Congresso para que vote a infame reforma da previdência, afirmando que “na medida em que haja votos suficientes para aprovar a reforma da previdência haverá cessação imediata da intervenção”. Esclarece assim que não pretende abandonar as discussões sobre a reforma, dando uma alfinetada em Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que estava presente e discursou em seguida. Maia havia afirmado anteriormente que o decreto de Temer impediria a votação da reforma da previdência na semana que vem. Posteriormente Raul Jungmman também reafirmou que se houver votação da reforma trabalhista, o decreto será substituído pela Garantia de Lei e Ordem (GLO) e restituído após a votação.

Fernando Pezão discursou depois e deu também um show de cinismo. Depois de saudar esse ataque de Temer, que disse estar grato por se realizar, afirmou que “o Rio de Janeiro está sedento” pela intervenção federal. Afirmando que o governo do Rio de Janeiro não consegue dar conta do tráfico de drogas e armas, Pezão sequer citou a crise capitalista que assola o estado, e que é o verdadeiro responsável pela crise social que dela é consequência.

Rodrigo Maia prosseguiu na mesma toada, e aprofundou a hipocrisia. Dizendo que como “carioca e fluminense está triste de tomar essa medida, que, no entanto, é a única possibilidade de recuperar o estado carioca para a sua população”. E não contente com isso, ainda anunciou que a intervenção federal não deve ser restrita ao Rio de Janeiro, e que se tenham leis mais duras e que o governo federal esteja à frente da repressão em todo o país.

O povo trabalhador do Rio de Janeiro está imerso em uma sensação de insegurança, que é amplamente explorada pelo governo golpista, Pezão, os políticos corruptos e pela Globo para seus próprios objetivos, que nada tem a ver com garantir paz para o povo. Muito pelo contrário, o que buscam é aprofundar a violência do Estado contra os negros, pobres e trabalhadores. Prova disso é que fazem de tudo para aprovar a reforma da previdência, e criar condições para a implementação da reforma trabalhista, que arranca da juventude o direito a um futura e condena milhões à miséria. Quem está matando nosso presente e sequestrando nosso futuro são justamente Temer, Pezão e Maia.

Esta miséria capitalista é funcional para que os ricaços, e os políticos que os servem, sigam vivendo no luxo construído pelo suor das famílias de milhões de trabalhadores, e sobre o sangue que corre todos os dias e mancha o chão das favelas, sobretudo o sangue dos negros, vítimas do estado desta burguesia que faz questão de manter vivos resquícios do escravismo. É essa decadência capitalista que deve ser atacada, começando pelo rechaço à intervenção federal de Temer, Maia e Pezão e ligando esse combate com a organização dos trabalhadores e do povo contra a reforma trabalhista, e a da previdência. Não nos enganemos com discursos e medidas repressivas de quem quer nos atacar.

 
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