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ELEIÇÕES ARGENTINAS
Como vivem nossos candidatos operários, como vivem os sindicalistas milionários deles
Lucho Aguilar

Os sindicalistas que vivem como milionários apoiam as chapas de Scioli, Macri e Massa. Todos sabem disso. O Esquerda Diario esteve com o sindicalismo combativo na Zona Norte de Buenos Aires. Contamos pra você como trabalham e vivem os candidatos operários que compõem a chapa da Frente de Izquierda, encabeçada por Nicolás Del Caño.

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Nesta semana, o sindicalismo combativo da Zona Norte se reuniu para apoiar as candidaturas de Nicolás del Caño e Christian Castillo. Além de estarem lá, apresentaram a si próprios: são parte da Lista 1 da Frente de Izquierda. “Demos um salto da luta sindical à luta política”, disseram.

Mas também se diferenciaram, para qualquer desprevenido, dos outros “sindicalistas”. Os que são amigos dos patrões na fábrica e na política. E que também vivem como milionários, longe das necessidades de seus “representados”.

Assim vivem os sindicalistas que apoiam os filhos políticos de Menem

O Esquerda Diario denunciou como vivem os sindicalistas peronistas que apoiam as chapas de Scioli, Massa e Macri. São os “sindicalistas dos 150 mil pesos”. É o que eles ganham para cumprir suas “tarefas”: garantir a exploração e a ordem; nos locais de trabalho e nas ruas. Graças aos governos de turno e à Lei de Associações Sindicais, faz mais de 30 anos que estão encastelados em seus gabinetes.

Como os que se reúnem semanalmente para impulsionar a candidatura de Daniel Scioli. José Luis Lingieri, ex-funcionário de Menem, processado por desvio de verbas: tem renda de quase 100 mil pesos mensais, um luxuoso apartamento no Bairro Norte, carros de coleção, comércios e casas em Bariloche. Rodolfo Amado Daer, que foi o sindicalista preferido de Menem, depois apoiou a candidatura de Massa e agora passou para o lado de Scioli: recebe $130 mil todos os meses, entre o Sindicato da Alimentação e a Federação. Poderia seguir com o dirigente do UPCN e membro da Sociedade Rural, Andrés Rodríguez (estatais), que coleciona cavalos puro sangue e ganha mais de 100 mil pesos mensais, ou com o empresário de imprensa, Víctor Santa María (encarregado de edifícios) ou Omar “Caballo” Suaréz que tem empresas navais e estâncias mas se faz de dirigente dos operários navais.

Também poderia seguir com o fundador da Mesa Sindical “Macri presidente”, o representante dos trabalhadores rurais Gerónimo Venegas, que com seus $187 mil pesos mensais é invejado por alguns fazendeiros. Sem falar dos “renovadores” de Massa, o endinheirado sindicalista menemista Luis Barrionuevo que “luta para ganhar a vida” com $140 mil mensais, ou o “petroleiro” Alberto Roberti, que com 150 mil conta com um excedente para viver em um residencial de luxo e presentear a esposa um closet com passarela.

Como vivem os candidatos operários que estão com Nicolás Del Caño

Nesta semana, no plenário operário em Tigre, os delegados combativos que estão na Chapa 1 disseram porque são diferentes desses sindicalistas milionários. Como disse Javier Hermosilla: “estamos indo onde os políticos patronais não chegam, aos bairros pobres de Tigre, San Martín e Malvinas Argentinas. Somos os que vão enfrentar os candidatos do ajuste e os dirigentes burocráticos que os apoiam”. Como adicionou Ruben Matu: “aí estão os Daer e Pignanelli apoiando Scioli, outros apoiam Massa e Macri. Nós que vivemos nas comunidades populares, não temos esgoto, não temos asfalto, não temos moradia. Por isso nos colocamos de pé”.

Também contaram alguns das lutas que levanta a Frente de Esquerda (FIT): que o salário seja igual à renda mínima familiar, a efetivação na fábrica dos contratados, a moradia para todos e as grandes reivindicações do povo trabalhador.

Não se trata de “discursos” nem de “frases de campanha”. Todos eles, há anos, são delegados e nunca abandonaram seus postos de trabalho ao lado de seus companheiros.

Defendem os mesmos princípios que Raúl Godoy, o deputado da Frente de Esquerda e dirigente do PTS, que depois de ser secretário geral do sindicato ceramista de Neuquén por um período, voltou à linha de produção, fazendo o mesmo ao término de seu mandato parlamentar em 2013, em que ganhava o mesmo que na fábrica. Ou que Nicolás Del Caño, que rechaçou as abastadas refeições dos deputados e recebe o mesmo que um professor, enquanto direciona o restante do salário aos trabalhadores em luta.

E tampouco se trata de consignas abstratas. O programa dos que compõem a Chapa 1 para que se acabe a burocracia sindical é levado adiante por centenas de militantes operários todos os dias: que os dirigentes recebem o mesmo que no trabalho e voltem a trabalhar depois de seu mandato.

Por isso, como lutam é como vivem.

Javier Hermosilla
Pré candidato a vice governador

Trabalha em: Mondelez Pacheco (ex Kraft)
Horário: 6h às 14h
Posto: Operário Soldador
Salário aproximado: 12 mil pesos
Moradia: Aluguel no bairro operário de Villa Bonich (San Martín)
Carro: não tem
Outras propriedades e bens: não tem

Ruben Matu
Pré candidato a deputado provincial

Trabalha em: Lear Corporation
Horário: 6h às 15h
Posto: Produção (Setor Cables Ranger)
Salário aproximado: 12 mil pesos
Moradia: No tem (mora com seus pais no bairro La Cabaña de Pacheco)
Carro: não tem
Outras propriedades e bens: não tem

Jorge Medina
Pré candidato a deputado nacional

Trabalha em: MadyGraf (ex Donnelley)
Horário: rotativo
Posto: operário maquinista
Salário aproximado: 8/10 mil pesos
Moradia: não tem (mora na casa de seus sogros em Sourdeaux)
Carro: não tem
Outras propriedades y bienes: não tem

Sandro Salazar
Precandidato a prefeito de Escobar

Trabalha em: MadyGraf (ex Donnelley)
Horário: rotativo
Posto: operário
Salário aproximado: 8 a 10 mil pesos (em média). Tem 5 filhos.
Moradia: própria em construção há 10 anos. Bairro Cri Cri (Garín Oeste)
Carro: Peugeot 504 Modelo 84
Outras propriedades e bens: não tem

Gabriela Macauda
Pré candidata a prefeito de Tigre

Trabalha em: escola de Tigre
Posto: Orientadora social. Além disso é secretaria adjunta do SUTEBA Tigre, onde tem um cargo em licença.
Salário aproximado: 13 mil pesos. Tem uma filha sob seus cuidados.
Moradia: aluga em Talar de Pacheco
Carro: VW Gol usado
Outras propriedades e bens: não tem

Luis Enrique Medina
Pré candidato a Concelheiro nas Malvinas Argentinas

Trabalha em: Pepsico
Horário: rotativo
Posto: operário
Salário aproximado: 8 a 9 mil pesos (em média).Tem 2 filhos sob seus cuidados.
Moradia: não tem. Mora com sua mãe no bairro de Primaveral (San Martín).
Carro: não tem.
Outras propriedades e bens: não tem.

Débora Espinoza
Pré candidata a Conselheira em Pilar

Trabalha em: Kromberg
Horário: 6h às 14h30
Posto: operária
Salário aproximado: 8 mil pesos (em média). Tem dois filhos sob seus cuidados.
Moradia: não tem. Mora com sua filha atrás da casa dos pais no Bairro de Ferrum (Villa Rosa, Pilar).
Carro: não tem.
Outras propriedades e bens: não tem.

Maximiliano Zuaznabar
Pré candidato a Concelheiro en Pilar

Trabalha em: WorldColor
Horário: rotativo
Posto: operário
Salário aproximado: neste momento está sem salário pelo fechamento patronal. Começou a produzir sob gestão operária.
Moradia: não tem. Mora na moradia de sua companheira no bairro de Las Lomitas (Pilar).
Carro: VW Gol Modelo 2006
Outras propriedades e bens: não tem.

 
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