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MINAS GERAIS
Flavia Valle: "Greve geral para barrar as reformas e pelo direito do povo decidir em quem votar"
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
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Reproduzimos a seguir declaração de Flavia Valle sobre a declaração arbitrária de Lula e as arbitrariedades da justiça em Minas Gerais.

Repudio a condenação arbitrária de Lula feita pelas mãos de três desembargadores que deram continuidade ao golpe institucional. A decisão unânime na condenação arbitrária de Lula interfere no direito democrático de milhões de trabalhadores votarem em quem quiser. Os desembargadores também definiram pelo aumento da pena de 9 para 12 anos e 1 mês.

Os mecanismos jurídicos usados são mais fracos que os usados nos políticos golpistas, além de permitir a condenação por “convicção pela livre interpretação da prova”. Um claro ataque aos direitos democráticos em que um punhado de juízes e desembargadores que nunca foram votados por ninguém e recebem altíssimos salários possam definir em quem a população vai votar nas próximas eleições.

Esse crescente autoritarismo judiciário contra os direitos democráticos por um regime político cada vez mais restritivo, tem efeitos reacionários sobre a população, e em primeiro lugar sobre a classe trabalhadora. Esses mecanismos arbitrários já são usados nos morros e nas favelas. E se fazem agora até com Lula, preparam um endurecimento ainda maior contra os trabalhadores e a população e com todos que lutam contra as reformas.

Sérgio Moro, a Lava Jato e o conjunto do judiciário não tem nenhum interesse real em “combater a corrupção e a impunidade”. E vemos a extensão dessa arbitrariedade e seletividade em Minas Gerais com a operação Acrônimo, braço da Lava Jato no estado que tem o alvo no Pimentel, assim como na absurda ação da Polícia Federal na UFMG que invadiu a universidade e conduziu coercitivamente o reitor, a vice reitora e mais 7 gestores e ex-gestores da universidade. Enquanto isso, outros políticos mineiros, como Aécio Neves e os escândalos como o helicóptero de cocaína, continuam impunes.

Assistimos a uma clara judicialização da política, e para combater isso de forma independente também da política de conciliação de classes de Lula e do PT, é preciso impor pela luta uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que nomeie juízes e jurados eleitos e revogáveis pelo povo e que recebam o mesmo que uma professora (que deveria ganhar como piso o salário mínimo do Dieese) e que como primeira medida, anule as reformas e privatizações do governo Temer, pois só dessa maneira é possível começar a combater profundamente a corrupção.

Para lutar pelo direito democrático de escolher em quem votar, contra a absurda Reforma da Previdência dos golpistas, pela anulação da Reforma Trabalhista e em Minas Gerais, também contra o não pagamento dos salários dos servidores, a ampliação das terceirizações e o aumento das horas extras nas fábricas, obras do governo Pimentel no Estado, é preciso que as centrais sindicais, em primeiro lugar a CUT e a CTB que em Minas Gerais dirigem sindicatos importantíssimos como o de professores, metalúrgicos, bancários e petroleiros, convoquem imediatamente uma greve geral para unificar em uma só batalha, a luta contra todos esses ataques. É urgente que as centrais sindicais coloquem em prática um sério plano de lutas que envolva os aspectos econômico-políticos e democráticos para combater a ofensiva autoritária do judiciário e do governo golpista.

 
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