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PROFESSORAS DO ENSINO INFANTIL
Greve de professoras em Caxias é traída por sindicato e encerrada de maneira antidemocrática
Redação Rio Grande do Sul

Sem ter sido eleita pela categoria, comissão composta por sindicato e entidades patronais fazem acordo de fim de greve a chantageia a categoria, dizendo que sairia da greve e que seriam demitidas se não aceitasse acordo que reduz salário de R$ 467,80.

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foto: RBS. Da reunião entre comissão e prefeitura

As professoras, coordenadoras e funcionárias de escolas infantis de Caxias do Sul ocuparam a prefeitura massivamente nessa segunda-feira para não aceitar nenhum retrocesso em seus salários e em seus direitos nesta segunda-feira. Como anunciado antes, proposta da prefeitura de Daniel Guerra (PRB) visava uma diminuição de 40% do salário das educadoras.

Uma comissão que não foi eleita pelas professoras, representando as entidades responsáveis pela educação infantil, subiu junto com o dirigente do SENALBA (Sindicato dos Empregados em Entidades, Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional), para negociar com o prefeito Daniel Guerra. Visivelmente irredutíveis da greve e unidas pela sua causa justa, quando questionadas sobre a continuidade da greve todas respondiam sim em uníssono.

Porém quando Alceu, presidente do SENALBA e ligado ao PDT, pegou o microfone, tentou manobrar de todos os modos para encerrar a greve e aceitarem a negociação que retirava R$ 467,80 de seus bolsos, chantagenado as professoras dizendo que se não voltassem a trabalhar seriam demitidas e que o sindicato estaria fora da luta.

“Todo mundo vai ser descontado, depois não adianta chorar”, “elas querem o emprego amanhã [as que querem voltar a trabalhar], agora quem não quer o emprego amanhã, parabéns”, Alceu chantageia e ameaça as professoras como se fosse porta-voz da prefeitura ou das empresas. Quando boa parte das professoras disseram querer continuar paradas, Alceu disse, “vocês podem continuar em greve sem problema nenhum, mas o sindicato se retira da greve”, demonstrando claramente seu compromisso com a prefeitura e não com a categoria.

Por fim colocou em votação da forma mais bizarra possível dizendo para sentarem no chão as que queriam permanecer em greve, sendo que havia chovido e o chão estava molhado na frente da prefeitura. Como ninguém sentou ele encerrou a greve rapidamente sobre os gritos das professoras e determinou que todas voltassem ao trabalho no dia seguinte, de maneira autoritária e antidemocrática.

É preciso fazer um balanço de tudo o que aconteceu nesta greve e da legitimidade da tal comissão e do próprio dirigente traidor para avaliar os próximos passos da luta dessas guerreiras da educação infantil de Caxias do Sul. A greve é a principal segurança que tinham de que não seriam demitidas para serem recontratadas com salário mais baixo. E a negociação não deixou nenhuma segurança de recontratação. É preciso manter a mobilização para impedir a retirada de direitos e que qualquer professora seja retirada do quadro.

 
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