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METRÔ
Empresa Higilimp que não cumpre os direitos trabalhistas ganha nova licitação no Metrô de SP
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Segundo informações da própria Higilimp, a empresa ganhou a nova licitação com um contrato de 18 meses com o Metrô, podendo ser renovado por mais 18. A Higilimp e o Metrô vem sido alvo de denúncias pela bancada eleita da CIPA da Linha 1 azul desde o começo do contrato, por descumprir com a legislação trabalhista e impor uma condição de trabalho massacrante a seus funcionários.

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Segundo informações da própria Higilimp, a empresa ganhou a nova licitação com um contrato de 18 meses com o Metrô, podendo ser renovado por mais 18. A Higilimp e o Metrô vem sido alvo de denúncias pela bancada eleita da CIPA da Linha 1 azul desde o começo do contrato, por descumprir com a legislação trabalhista e impor uma condição de trabalho massacrante a seus funcionários. Entre as principais denúncias constam o não pagamento integral do Vale Transporte, a falta de quadro mínimo de funcionárias nas estações, a não entrega da cesta básica e até mesmo falta de vestiários nas áreas internas do Metrô.

A trabalhadora terceirizada M.* declarou para o Esquerda Diário: “A Higilimp deveria ser punida pelo maltrato com seus funcionários. Não pode ser que o contrato seja renovado e nós temos que continuar nessas condições de trabalho. Tem vezes que apenas 2 funcionárias são obrigadas a limpar uma estação inteira”. Vale lembrar que fruto dessas condições de trabalho, em janeiro do ano passado faleceu numa das áreas internas da Estação Santa Cruz a auxiliar de limpeza Regina Silva. O caso denunciado amplamente pela bancada dos trabalhadores da CIPA da Linha 1 e também pelo Juiz do Trabalho e Professor de Direito da USP Jorge Luiz Souto Maior, foi tratado com negligência pela Higilimp e o Metro-SP.

Felipe Guarnieri, delegado sindical da Estação Santa Cruz e membro da bancada eleita da CIPA da L1, sobre a nova licitação disse: “Ao invés de renovar a licitação com essa Empresa o que o Metrô deveria fazer seria contratar com os mesmo direitos e salários dos metroviários todas essas trabalhadoras. Todo dia elas provam estar aptas e são as verdadeiras responsáveis de manter o Metrô de SP como um dos mais limpos do mundo. O problema é que todo o suor delas são as custas de relações de trabalho absurdas, possuem apenas 1 dia de folga, recebem as vezes menos de um salário mínimo e são desprovidas de direitos trabalhistas básicos. O mínimo que a Direção do Metrô deveria fazer, e isso cobramos sistematicamente na CIPA, seria exigir que a Higilimp cumprisse com que está no Acordo Coletivo e nem isso ela faz”.

A renovação de contrato com a terceirizada Higilimp se dá em meio ao novo anúncio do Governador Geraldo Alckmin de privatização da Linha 5 do Metrô, o que provavelmente acarretará não somente mais terceirização no Metro-SP, como também será um ataque as condições de trabalho dos metroviários efetivos. Sobre isso, Guarnieri também comentou: “O plano Governo Alckmin e do PSDB em São Paulo é privatizar todo o Metrô. Começaram terceirizando diversas áreas, depois as linhas de expansão como a VIA 4 e agora querem avançar sobre a linha 5 e as demais linhas estatais. Isso é um grande ataque aos trabalhadores, mas também ao conjunto da população já que a corrupção nos transportes é a base para a política de privatização e terceirização. Todo o dinheiro público pago nos nossos impostos é desviado para as mãos das grandes empresas através de propinas e licitações fraudadas, em troca das mesmas financiarem as candidaturas dos partidos dominantes nas próximas eleições. Um jogo de cartas marcadas, com passagens cada vez mais caras e um transporte de péssima qualidade. Por isso, nós trabalhadores efetivos e terceirizados temos que nos unificar e junto com a população resistir a esses ataques do Governo!”.

*Por segurança e contra qualquer retaliação por parte da Empresa não identificamos o nome da funcionária que preferiu dar um depoimento anônimo ao Esquerda Diário.

 
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