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RACISMO
Ator negro é espancado em ataque racista de assaltantes e seguranças de terminal de ônibus
Redação
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Diogo Cintra, ator negro foi espancado por um grupo de homens no Terminal de ônibus Parque Dom Pedro II no centro de São Paulo, após seguranças do local julgarem que Cintra era um ladrão. Cintra foi brutalmente espancado por ser um homem negro que corria em um terminal de ônibus durante a madrugada, sendo isso evidentemente um ataque racista.

Cintra relatou o ocorrido em seu Facebook pessoal, contando que voltava de uma balada às 5 horas da manhã, quando foi abordado por dois homens que pediram seu celular e dinheiro. Em seu relato, Cintra afirma ter reagido e corrido para dentro do Terminal afim de se proteger e pediu ajuda de uma segurança mulher. Ela orientou Cintra a procurar os seguranças homens que também trabalham no terminal.

Entretanto, neste momento, os homens que tentaram assaltar Cintra chegaram em maior número e quando ele encontrou os seguranças tentou explicar o que estava acontecendo. Entretanto, ele foi acusado pelo grupo que tentava roubá-lo de ser o ladrão e ao tentar se explicar, os seguranças partiram para cima dele e entregaram Cintra para o grupo de homens. Cintra tentou provar que era dono do celular que estava com ele, mas os seguranças se recusaram a ouvi-lo.

"Assumindo logo de cara que eu era o culpado, me entregaram pros caras, que me arrastaram para fora da estação, e lá do lado de fora eu fui espancado por eles. O segurança chegou a perguntar o que eles iam fazer comigo, e disseram que iam me levar pro ’rio’", relatou Cintra em sua postagem no Facebook.

Diogo Cintra é mais um jovem negro vítima brutal do racismo: o fato de ser negro foi o que motivou os seguranças a inferirem que ele era o assaltante, e por fim, entregaram sua vida nas mãos do grupo de homens. "O racismo mata todos os dias! Eu fui vítima não só de racismo, mas do absurdo e da violência que pessoas que tentam fazer ’justiça com as próprias mãos’ são capazes", disse Cintra. Ele não só foi espancado, como atacado por cachorros do grupo que tentou assaltá-lo e ao final desta barbárie, Cintra voltou ao terminal com o corpo completamente ferido de hematomas e mordidas.

O racismo fere e mata todos os dias dezenas de jovens como Diogo Cintra, que o leem como um ladrão pela cor da sua pele e que, dessa forma, ofendem, humilham, agridem e matam. Além da justiça racista que aprisiona negros todos os dias, como Rafael Braga. Veja aqui a postagem completa de Diogo Cintra em sua página no Facebook.

 
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