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KROTON-ANHANGUERA NA MÃO DOS ESTUDANTES
Porque os estudantes devem defender a estatização da Kroton-Anhanguera?
Pedro Cheuiche
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O governo Temer já cortou 13,4 bilhões da pasta de educação só esse ano, com cortes de pelo menos 900 milhões ao CNPq, se mantida a quantidade de cortes do primeiro semestre (fonte). São contingenciamentos antecipados da PEC 55 do teto dos gastos dizia não afetar a educação, mas que na verdade veio para arrebenta-la. A situação de penúria nas universidades públicas "centros de excelência" é um sinal dos tempos, com destaque para UERJ, que é vitima do conluio criminoso entre Temer e Pezão para sucatear a universidade, querendo que os estudantes paguem por uma crise que não lhes diz respeito.

É nesse contexto que os tubarões da educação querem avançar ainda mais sob tudo que é público, 78% das instituições de ensino superior (IES) já são privadas no Brasil. (fonte) Esse fenômeno de privatizações teve um boom significativo no governo PT, entre 2010 e 2014, justamente quando o FIES esteve em alta e quando a KROTON-ANHANGUERA, o maior monopólio na área de educação do mundo, multiplicou seus lucros em mais de 20.000% no período.

A Kroton-Anhanguera, a Estácio e outros monopólios são dos maiores beneficiários da precarização do ensino publico, do afastamento da juventude trabalhadora das universidades e da financeirização do ensino superior através do FIES e PROUNI. Além de serem responsáveis por deixar milhões de vagas ociosas anualmente, com uma taxa de absorção de apenas 33,5% nas universidades privadas. Das 7 milhões de vagas oferecidas, apenas 2,6 milhões de pessoas ingressam nas universidades por ano, culpa da privatização e do funil social do vestibular.

Os principais acionistas da Kroton-Anhanguera são grandes monopólios capitalistas como JP Morgan, Capital Investors - dona de porções do Netflix e Amazon - e a bilionária família Lafraia, uma da mais ricas do Brasil. O lucro dessa empresa ultrapassou 1,86 Bilhões em 2016, sendo 493 milhões advindo somente do FIES (Fonte). Seu interesse é lotar salas de aulas com ensino precário, endividar os alunos e multiplicar seus lucros com a financeirização cada vez maior do ensino.

A universidade tal como é hoje serve aos interesses dos monopólios capitalistas, desde as mensalidades que endividam os jovens trabalhadores a mão de obra e o conhecimento que é produzido dentro das mesmas, que serve para a reprodução do lucro, e todo o jogo de favorecimentos explícitos da Kroton-Anhanguera com a burocracia publica, por isso é preciso dar uma saída de fundo, que passa necessariamente ao ataque a propriedade privada para que todos os jovens tenham a chance de estudar sem pagar.

Para garantir ensino gratuito aos estudantes que estudam na rede Kroton-Anhanguera e os tantos outros para qual o acesso a universidade é negado a estatização desse único conglomerado já seria um grande alivio. A mobilização da base dos estudantes tem o forte potencial de reverberar para toda a sociedade, como uma caixa de ressonância que amplifica as contradições do sistema capitalista, na perspectiva da universidade servir de fato aos trabalhadores e os setores oprimidos.

 
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