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PRESIDENTE DO TST DEFENDE DIFÍCIL ACESSO À JUSTIÇA TRABALHISTA
Ives Gandra diz que reforma trabalhista evita “aventuras” de trabalhadores por seus direitos
Fernando Pardal
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Ives Gandra, o presidente do TST, foi um dos grandes defensores da reforma trabalhista e chegou ao absurdo de perseguir juízes que a criticassem.

Agora, ele volta a mostrar como sua defesa da reforma é escancaradamente uma defesa da exploração patronal sem freios contra os trabalhadores. Em um evento na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), um covil de alguns dos maiores e mais exploradores capitalistas do país, ele afirmou que um dos aspectos positivos da reforma é o de evitar "aventuras judiciais" por parte dos trabalhadores ao entrar com processos contra a patronal.

Isso porque uma das medidas aprovadas na reforma é a de que em determinados casos, se o trabalhador entrar com uma ação e perder, ele será obrigado a pagar os honorários dos advogados da parte processada, ou seja, dos patrões. Assim, Gandra disse que "Advogados de empregados vão pensar dez vezes antes de entrar com ação porque sabe que será responsabilizado."

Na verdade, a medida absurda é simplesmente a inviabilização de que os trabalhadores acessem a já bastante inacessível justiça do trabalho em busca de seus direitos. Isso porque a possibilidade de perder e ter que arcar com os custos de advogados que custam muitos milhares de reais e são utilizados pelas empresas é na verdade a ruína econômica de qualquer peão. E muitas vezes será muito superior inclusive a qualquer ganho que o trabalhador possa ter caso seja vitorioso na ação judicial movida.

É mais uma forma que os patrões encontraram de legalizar todo tipo de barbárie e exploração contra os trabalhadores, sabendo que estarão muito mais seguros pois será praticamente impossível aos trabalhadores verem sequer o que está em lei ser aplicado ou julgado nas cortes judiciais.

Claro, o público da CNI adora Gandra, que atua no TST em defesa de seus privilégios patronais e da exploração sem limites. De quebra, Gandra também rebateu a declaração de juízes que disseram que não vão cumprir alguns pontos da lei, considerados por eles inconstitucionais. "A lei está aí para ser cumprida e vamos cumprir. Presta um desserviço à Justiça do trabalho quem defende que não se deve cumprir a legislação trabalhista", completou.

 
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