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JAIR BOLSONARO
"Menos direitos e emprego, ou desempregado com direitos": Bolsonaro é a extrema direita anti-operária
Julia Rodrigues

O deputador Jair Bolsonaro, em viagem pelo Estados Unidos, vociferou contra os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros exaltando o valor dos patrões.

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No domingo (8), em Tour pelo país governado por Donald Trump, Jair Bolsonaro (PSC/RJ) de passagem pela Florida discursou para brasileiros em um bar a 45 minutos de Miami. Entre as propostas do deputado, como possível candidato a presidente, estão o fim da CLT e tornar a política e a econômia brasileira mais favoráveis aos empresários. Bolsonaro também afirmou que dará "carta branca para o policial matar".

Jair Bolsonaro, que vem conquistando adeptos em base a posições polêmicas machistas e homofóbicas, contra as liberdades democráticas do povo, tenta agora conquistar o empresariado proclamando seu apoio a reforma trabalhista. "O trabalhador vai ter que decidir: menos direito e emprego ou todos os direitos e desemprego", afirmou o cristão.

A reforma trabalhista significa um indescritível retrocesso nos direitos conquistados pela classe trabalhadora para impor jornadas de 12 horas diárias, redução de tempo de intervalo e de almoço, férias anuais pareceladas em 3 vezes, que mulheres grávidas trabalhem em ambiente insalubres, entre outras medidas que sugam toda a energia de trabalhadores e trabalhadores para descarregar a crise econômica nos seus ombros.

Mesmo com todas as demonstrações de que o governo Temer e os empresários são contra a classe trabalhadora, para Bolsonaro os empresários têm "seu sangue sugado pelo governo" e precisam de mais direitos.

Não bastasse tudo isso, no Brasil, país a letalidade policial têm aumentando em todos os estados juntamente com a impunidade. Dados apontam que em SP, o número de pessoas mortas pela polícia militar foi o maior em 14 anos, no RJ houve crescimento de 120% de mortes por intervenção policial, e a cada 10 mortos, 9 são negros. Relatórios da Anistia Internacional chegaram a indicar que as forças policiais brasileiras são as mais assassinas do mundo. Os dados não causam assombro no cristão, que defende ainda mais assassinatos pelas mãos da polícia racista e dará "carta branca para o policial matar", como se o país não vivesse uma situação semelhante a isso.

Inspirado pelo presidente Trump e suas medidas reacionárias, em seu tour pelo epicentro capitalista, Bolsonaro defendeu privatizações com a nomenclatura de "parcerias público-privado", e disse que levará os exemplos americanos para as terras brasileiras. Afirmou ainda que se eleito presidente irá nomear um militar para Ministério de Defesa e convocará membros das forças armadas para compor seu governo.

As posições de Bolsonaro escancaram o que há de mais reacionário e conservador na política brasileira. O pré-candidato a presidência conquista apoio de amplos setores ao aparecer como o "novo", como uma alternativa diferente em meio a um estado em crise e um regime em decomposição. Se por um lado a polarização fortalece mostra um fortalecimento de ideias de extrema direita, do outro extremo ideias contrárias e radicais anticapitalistas contra o regime conquistam espaço, como vem demonstrando as lutas contra as reformas de Temer no rio Grande do Sul.

 
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