A agrupação de mulheres Pão e Rosas vai promover na PUC-SP, a partir de terça-feira (17), o grupo de estudos "A Mulher e a Revolução Russa" para debater e refletir a luta das mulheres sob uma perspectiva marxista revolucionária.

Em 2017 trabalhadoras têxteis deram início a uma greve, que rapidamente se estendeu à trabalhadoras e trabalhadores por toda São Petesburgo, culminando em outubro na Revolução Russa. Liderada pelo Partido Bolchevique, a revolução Russa conquistou direitos pelos quais ainda hoje, um século depois, seguimos lutando na maioria das democracias capitalistas. A União Soviética foi o primeiro país do mundo a garantir às mulheres o direito ao aborto, assim como também garantiu o direito ao divórcio.

Wendy Goldman, no livro "Mulher, Estado e Revolução" escreve sobre como Vladimir Lenin encarava o trabalho doméstico, para ele a mulher "desperdiça seu trabalho em uma azáfama barbaramente improdutiva, banal, torturante e atrofiante". Para os bolcheviques a socialização dos trabalhos domésticos era uma medida necessária para garantir a igualdade entre homens e mulheres, livrando as mulheres dos fardos do lar elas poderiam ingressar na vida pública.

Estas são algumas das lições deixadas pelas mulheres e homens revolucionários que serão debatidas no grupo de estudos.

Confira a bibliografia do primeiro encontro a baixo:

1ª Sessão dia 17/10 às 18h no Pátio da Cruz - Uma visão marxista sobre as opressões: a mulher na Revolução Russa

Bibliografia obrigatória: "As origens da visão bolchevique: o amor sem entraves, às mulheres livres", de Wendy Goldman (capítulo do livro "Mulher, Estado e Revolução")

Bibliografia complementar: "O poder soviético e a situação da mulher", de Vladimir Lenin - Disponível em https://www.marxists.org/portugues/lenin/1919/11/06.htm#topp