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SELEÇÃO FEMININA DE FUTEBOL
Treinadora da seleção é demitida e jogadoras saem em sua defesa
Clarissa Ramos
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Na sexta-feira (22/09) a treinadora da seleção feminina de futebol, Emily Lima foi demitida do comando da seleção. E quem entra em seu lugar é Oswaldo Alvarez, o Vadão, como é conhecido. Vadão esteve à frente da seleção nas Olimpíadas do Rio-2016, em que o Brasil perdeu para o Canadá por 2x1 na disputa pelo bronze.

Emily Lima entrou para o comando da seleção em novembro de 2016, foi a primeira mulher a assumir o comando da seleção feminina de futebol.

No início do comando emplacou uma sequência de sete vitórias consecutivas. Desde julho a seleção vem sem vencer uma partida, e essa foi a desculpa que a CBF usou para sua demissão. Os jogos em que fomos derrotadas foram contra a Alemanha, Estados Unidos e Austrália, potências no futebol feminino.

Após o anúncio da demissão de Emily, as atletas Cristiane, Fran e Rosana anunciaram que não jogarão mais na seleção, como forma de protesto e em solidariedade à ex-treinadora.

Em uma mensagem nas redes sociais Cristiane diz: “Hoje se encerra meu ciclo na Seleção Brasileira. Foi bem difícil para mim quando essa comissão foi mandada embora, porque ano passado eu tinha me chateado bastante depois das Olimpíadas, por conta da minha lesão, e tinha perdido a vontade de voltar à Seleção. Essa comissão me mostrou algumas coisas diferentes, a Emily pediu e eu retornei”.

Cristiane, que hoje joga no futebol chinês e que é a maior artilheira em jogos olímpicos independente do gênero, não deixou de criticar a CBF e o seu presidente Marco Polo Del Nero em sua mensagem, principalmente pela forma que tratam o futebol feminino: “Por que não colocam as nossas camisas à venda? Eu cansei de ficar ouvindo de diretor que nós só sobrevivemos por conta do dinheiro do masculino. Já que isso acontece, por que não criam um plano para que possamos depender de nós mesmas?”

Cristiane falou também que 24 das 26 atletas da seleção enviaram uma carta para a CBF pedindo a permanência de Emily, mas o pedido foi negado. O coordenador Marco Aurélio Cunha, que em outra ocasião falou que não queria Emily à frente da seleção, disse que não podia fazer nada e que as decisões eram tomadas pela CBF.

No Brasil, já existe uma cultura de rotatividade de treinadores baseadas apenas nos últimos resultados, e que muitas vezes não conseguem dar sequência em seu trabalho por conta de algumas rodadas ruins. Se essa situação já é ruim para os treinadores, ainda mais para uma mulher treinadora à frente de uma seleção.

 
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