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ESCOLA COM PARTIDO
Escola oferece vaga para professor "não doutrinado", desde que seja de direita
Redação
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Nessa semana uma escola anunciou vaga de professor de sociologia "não doutrinário" é "profundo conhecedor dos pensadores britânicos" e Margareth Thatcher e seus discursos sobre "a coisa pública e dinheiro público". O que parece uma piada, infelizmente não é, a concepção não doutrinária dessa escola e correntes como MBL é atacar as ideias de esquerda e conclamar personagens como Thatcher, símbolo do neoliberalismo imperialista, que atacou a classe trabalhadora, fez a guerra das Malvinas contra um povo oprimido e é exemplo até hoje para toda a direita privatistas.

"Conte-me mais sobre professor não doutrinário", em tempos de internet, esse anúncio de emprego poderia virar um meme. É mais uma expressão da discussão demagógica e hipócrita da direita, que com projetos como "Escola sem Partido" querem retirar das crianças e adolescentes a possibilidade de conhecerem a história da humanidade, seus grandes feitos como as Revoluções, seus artistas, é maiores pensadores.

Eles sim buscam apagar a história viva, e contar só a versão "da elite", ou seja, apagar toda a história de resistência operária, negra, das mulheres e LGBTs, transformando tudo em tabus morais, como o ensino sexual, enquanto aprovam o ensino religioso, retiram matérias de sociologia e filosofia, é ainda falam em não doutrinação.

A escola para a direita não pode ser um espaço de conhecimento e desenvolvimento crítico, mas sim um instrumento de "ensino" moralizante e técnico para tentar acabar com a capacidade crítica e melhor educar para uma exploração resignada no mercado de trabalho.

A recente aprovação pelo STF do ensino religioso confessional legítima todo tipo de racismo contra religiões africanas, ou qualquer uma não cristã. Incentiva ideias conservadoras contrárias à liberdade da mulher e da sexualidade. Nesse caso, nas escolas as meninas e meninos não aprenderam a ser livres, mas sim que a mulher deve ser mãe é casta, que homossexualidade é doença é que o homem deve ser o provedor.

No caso da escola em questão, ainda querem professores que promovam ideias neoliberais, que apoiem as privatizações e todos os ataques aos trabalhadores como reforma trabalhista e da previdência. Embelezando Margareth Thatcher, um dos símbolos de governo anti operário que derrotou fortes greves na Inglaterra. Assim a escola diz nas entrelinhas que vai sim pregar todo seu ódio as lutas operárias.

Escola sem partido que nada, escola com partido: do patrão.

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