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CULTURA
Museus se autocensuram para não ter que ver a cara do Kim Kataguiri nas exposições de arte
Juan Chirioca
RIO DE JANEIRO
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A campanha do intolerante e reacionário Movimento Brasil Livre, que nada tem de livre e nem de apartidário, está levando os museus a tomarem medidas para impedir que os fanáticos do MBL batam na porta deles com sua campanha “em defesa da arte”, dos “bons costumes” e “defesa do cristianismo” e censurem tudo que eles acharem “ofensivo”.

A campanha contra a exposição está regada de mentiras e tergiversações como o fato de políticos muito muito sérios como Carlos Bolsonaro afirmar nas redes sociais que a exposição tinha um espaço reservado para “obrigar” crianças a se tocarem nas partes intimas para “alterar as suas percepções de gênero” com base numa fotografia de uma obra de uma instalação de 1967 intitulada “O Eu e o Tu: Série Roupa-Corpo-Roupa”, da artista Lygia Clark, e que foi relatada no Queermuseu.

A polêmica oportunista impulsionada pelo MBL a partir da exposição “Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” que foi completamente censurada em Porto Alegre no Santander Cultural a partir de protestos de setores reacionários, está levando a que outros museus, como por exemplo o Masp, implementem medidas contra o fanatismo moralista do MBL, como avisar que as exposições não são apropriadas para todas as idades. Além disso, a pressão do MBL está se traduzindo em censuras dentro dos próprios museus. No caso do Masp eles estão colocando cortinas pretas nas obras que têm "conteúdo explícito".

Certamente uma campanha nada necessária e de uma utilidade muito questionável. Enquanto os fanáticos reacionários e oportunistas do MBL com Kim Kataguiri e Fernando Holiday à cabeça se preocupam com censurar a expressão e a liberdade artística, outros temas como a reforma política, reforma da previdência e reforma trabalhista ficarão secundarizados na ocupadíssima agenda dos “políticos” do MBL. Talvez vejamos os libertadores apartidários da arte debaterem temas mais essenciais da sociedade brasileira a partir da campanha eleitoral em 2018 quando estejam aliados com o nada partidário PSDB.

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