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RACISMO NO FUTEBOL
Torcedora do Bahia sofre racismo em fotomontagem
Sagui
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A fotomontagem traz a foto de Edna Matos, 53 anos, com sua filha, ambas negras e torcedoras do Bahia, e abaixo, cinco torcedoras do Grêmio, todas brancas, com a legenda “Ainda tem gente que acha que time é tudo igual”.

Espalhada por vários grupos e conversas do Whatsapp, Edna afirma que há “dimensão racial por trás”. A comparação entre mulheres negras de um time Nordestino com mulheres brancas do time do Sul mostram claramente que não tão somente discriminaram a etnia negra, mas também, o nordestino. Um juízo de valor claro e moldado pelo preconceito.

Edna, que por um tempo não se manifesto, em poucos dias denunciou em suas redes o absurdo desta “piada”, que na verdade é crime. Ela afirma:

“Não existe democracia racial, isso é uma lenda, uma forma de camuflar. Tem gente que insiste que não é racismo, é ’mimimi’, que é apenas uma questão de uma ser mais bonita que a outra. Em nenhum momento a gente deve ver aquilo como uma questão de beleza apenas, não é porque eles disseram que as loiras torcedores do Grêmio são mais bonitas que eu e minha filha, não se trata disso. Aí está implícito um juízo de valor de etnia, no caso da raça negra, e de regionalismo, do nordestino"

E de fato, o mito da democracia racial tem um efeito gigantesco em cegar a sociedade que esta a nossa volta. As escolas por sua vez, negam a história dos negros nos livros didáticos. A justiça nega o racismo e elitismo que prende Rafael Braga, pobre e negro, e deixa Thor Batista, branco e empresário, solto. Continuam incessantemente negando a realidade. E a mesma, se impõe a todo instante para aqueles que por mais de 350 anos sofrem com a escravidão no Brasil.

Num Brasil de tantas Ednas e Rafaes Bragas, a imposição e afirmação do racismo de cada dia é mais que necessário. Mas também, uma saída conjunta de todos os setores oprimidos da sociedade será a libertação real e concreta para uma sociedade que saberá de sua história e transformará para melhor.

 
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