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VESTIBULAR
A absurdos 170 reais, Fuvest abre inscrições para vestibular excludente da USP
Maré
Professora designada na rede estadual de MG
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A Fundação Universitária Para o Vestibular, de direito privado e com autonomia administrativa, abriu às 10h de hoje, 21, as inscrições de vestibular para as 8.402 vagas ofertadas pela USP, universidade pública do Estado de São Paulo que ofertará pelo SISU/Enem apenas 2.745 vagas. Isso significa que, na USP, as vagas ofertadas para a forma de ingresso pública (mas não gratuita e também elitista) representam menos de um terço da forma de ingresso privada.

As inscrições seguem abertas até às 23:59 de 11 de setembro e o pagamento da taxa de 170 reais, que é o verdadeiro início da seleção que deixará de fora milhões de pessoas, deve ser feito até o dia 12. Existe a possibilidade de pedir redução ou isenção de taxa, que deve ser feito até o dia 7, mas a seleção continua filtrando quem pode ou não desfrutar do direito de estudar em uma instituição de ensino superior pública. A seleção é feita em duas fases, sendo a primeira em 26 de novembro e a segunda entre 7 e 9 de janeiro de 2018.

Os números mostram como os filtros de entrada nas universidades ainda não são suficientes para que os mais pobres possam acessar o ensino superior. A USP, que aderiu ao SISU/Enem em 2015 e aprovou o sistema de cotas a pouco mais de um mês, está oferecendo mais vagas para a próxima entrada pelo vestibular da Fuvest do que oferece, somando as duas últimas entradas e a próxima, para o vestibular do Enem, que terá uma redução de vagas para a próxima entrada em relação à última. Essa redução de vagas pelo sistema público do SISU é um reflexo da crise dos capitalistas combinado à preferência que os “gestores” dão aos sistemas de ingresso privados.

Isso não significa que o Enem deve ser reivindicado: qualquer vestibular é um filtro social que afasta mais ainda a juventude e os trabalhadores, principalmente negros, indígenas e periféricos, do direito ao ensino superior público gratuito e de qualidade.

A adoção sistema de cotas é um grande salto para romper essa barreira, mas apenas com o fim do vestibular, com abertura de vagas segundo a demanda, será possível acabar com a desigualdade nas universidades. Além disso, é preciso estatizar as faculdades e universidades privadas, colocando-as a serviço dos trabalhadores e do povo, e transformar a estrutura das universidades, que devem ser geridas por conselhos de estudantes, professores e trabalhadores, com maioria estudantil.

 
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