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METALÚRGICOS ABC
Trabalhadores da Mercedes rejeitam proposta da empresa e do sindicato da CUT
Tassia Arcenio
Professora e assistente social
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Os trabalhadores na Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista rejeitaram por ampla maioria - segundo o próprio sindicato - através de plebiscito realizado durante essa quinta-feira na fábrica, a proposta da empresa de redução da jornada em 20% e dos salários em 10%, que teria como “contra partida” a estabilidade no emprego por um ano.

Esta proposta foi aceita pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, com o argumento de que “esse era o acordo possível para esse cenário de crise”, deixando não só de construir uma contra proposta em prol dos direitos dos trabalhadores, como defendendo a proposta da empresa como única, não organizando nenhuma luta séria para que os trabalhadores não paguem pela crise do setor automotivo.

A empresa que tem 10 mil operários, diz ter um excedente de 1.750 trabalhadores, anunciou em comunicado que "Com a rejeição dessa proposta pelos colaboradores (...) a Mercedes-Benz terá de buscar outras alternativas frente a um excedente de 2 mil pessoas na fábrica".

Desde o começo do ano, como colocamos aqui, os trabalhadores vêm enfrentando ataques da patronal como demissões, lay-off, banco de horas, férias coletivas e PDV (Programa de Demissões Voluntárias) e o sindicato dos metalúrgicos na contramão da luta dos trabalhadores e da disposição apresentada, também no resultado do plebiscito, vem defendendo flexibilizar direitos através do Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Para superar esse cenário de ataques da patronal (que quer empurrar os custos de sua crise sob as costas dos trabalhadores) acordados com a burocracia sindical da CUT, é preciso que os trabalhadores lutem de forma independente dos patrões para reduzir as horas de trabalho sem reduzir os salários, garantindo que nenhum trabalhador fique na rua e nenhuma família perca seu sustento.

Foto: Adonis Guerra/SMABC

 
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