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ESQUERDA DIARIO
O avanço de um diário da esquerda revolucionária e anticapitalista
André Barbieri
São Paulo | @AcierAndy
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O Esquerda Diário, parte da Rede Internacional de diários digitais La Izquierda Diario em 11 países e seis idiomas, segue se provando como um diário de esquerda que cresce. Em uma situação difícil, marcada pelo refluxo dos elementos pré-revolucionários abertos a partir do histórico 28 de abril, chegando a uma conjuntura política mais à direita após a aprovação da nefasta reforma trabalhista, o Esquerda Diário bateu a marca dos 500 mil acessos em julho em meio a uma queda de todos sites à esquerda e à direita, do Brasil247 ao Antagonista.

Isso se dá quando o refluxo da conjuntura brasileira, da qual é parte a salvação de Temer pelo Congresso, golpeou outras mídias da esquerda, que registraram queda de acessos nos últimos meses, como mostra o medidor SimilarWeb.

Como ponto de comparação, podemos ver o descenso no site do PSTU, que registrou 90 mil acessos em julho, no site Esquerda Online do MAIS, que registrou 93 mil acessos no mesmo mês, e no site do PCB, que registrou 75 mil acessos frente a meses anteriores. Até mesmo os sites da grande mídia ligada à esfera petista, como o Brasil 247 e o Pragmatismo Político, registraram queda de acessos em julho.

Mesmo nessa situação mais contraditória, com 165 mil seguidores no Facebook o Esquerda Diário registrou 122 mil leitores reincidentes em julho, ou seja, leitores que reingressam no site utilizando-o como importante veículo de opinião, debate e informação.

A crise econômica, política e social no país abre as cabeças para ideias à esquerda e à direita. Contra o avanço de Bolsonaro, Doria, MBL e outros e contra a reiteração da conciliação de classes petista, cada vez mais uma farsa de si mesma,

o Esquerda Diário mostra que é o principal meio virtual da esquerda que pode competir com as mídias petistas, e dar batalha para influenciar centenas de milhares por mês com as ideias revolucionárias e a necessidade de construir uma organização política dos trabalhadores com total independência do PT, sem isso se abrirá espaço para a direita.

Essa expressão superestrutural se funda solidamente na intervenção na luta de classes. O Esquerda Diário foi o portavoz, durante a preparação para o 30 de junho, da luta pela auto-organização dos trabalhadores e a organização de comitês de base que tomassem a greve geral em nossas mãos. Em dezenas de lugares pelo país, expressou esta batalha do MRT para que os trabalhadores da indústria, dos serviços, escolas e universidades confiassem em suas próprias forças e não esperassem que as burocracias sindicais traidoras se dispusessem a fazer algo.

Para derrotar a direita golpista, é preciso reorganizar a defesa em cada local de trabalho e estudo. Temer, Maia, Alckmin, Doria, e toda a suja corja da direita se preparam para operar uma grande censura contra a esquerda através da reforma política, e ensaiam a votação da "mãe de todas as reformas", a da previdência. Não é possível enfrentar os ajustes do governo apenas com palavras; é nas ruas que poderemos derrotar a reforma trabalhista e o restante das reformas neoliberais, com a auto-organização dos trabalhadores que, em vista da piora da situação, buscam algo mais audaz do que lutas econômicas dispersas - buscam enfrentar politicamente a direita.

Da mesma forma, foi ponta de lança da denúncia desta burocracia conservadora, que teve na figura da Força Sindical um papel de traição aberta do 30 de junho, com a cumplicidade da CUT e CTB, numa jornada que poderia ter sido ainda mais forte que o histórico dia 28 de abril não fosse o boicote das centrais.

Um diário para questionar o regime político de conjunto

A força de um diário que consegue manter suas posições e avançar em meio a refluxo da conjuntura é em si uma mostra dessa abertura para as ideias, pois o Esquerda Diário fez isso levantando sua voz com uma política que fosse independente de qualquer variante burguesa, não sucumbindo nem a volta da conciliação petista nem a reacionária Operação Lava Jato, levantando a luta por uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, que sendo imposta pela luta comece por anular imediatamente todas as reformas e avance no combate a todas as instituições do regime político, colocando os grandes temas nacionais nas mãos dos trabalhadores para que os capitalistas paguem pela crise.

Ao contrário da campanha política do PT, “Diretas Já”, que simplesmente altera os jogadores sem mover um átomo das regras do jogo, a luta para impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana – ao exigir o fim do pagamento da dívida pública, a estatização sob controle dos trabalhadores de empresas como Odebrecht e JBS, que todo político e juiz seja eleito e revogável, recebendo o mesmo salário de uma professora, entre outras – pode fazer chocarem-se os interesses dos trabalhadores contra os interesses de empresários e banqueiros e levar à conclusão da necessidade de avançar a um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

Um diário para o combate

O Esquerda Diário também deu viva voz a algumas das principais lutas do país. Dentre elas, a luta dos estudantes, técnicos administrativos e docentes da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), que estão em luta contra a precarização promovida pelo governo do PMDB que promove corte nos repasses das verbas e atrasos nos salários dos servidores públicos, terceirizados e bolsistas e cotistas. Da mesma maneira, a greve dos professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense e de Duque de Caxias. Esta luta pela educação no RJ vem recebendo apoios de distintos lugares, que mostramos no Esquerda Diário (ver aqui).

Viralizou a denúncia da professora Marcella Campos contra o prefeito de São Paulo João Doria, que proibiu as crianças das escolas municipais de repetirem merenda nas escolas e creches, numa atitude de brutal crueldade confirmada por dezenas de mães e pais de alunos ao Esquerda Diário. A nota teve centenas de milhares de visualizações e reações na página web do diário, dando nova projeção à batalha contra o direitista tucano de São Paulo.

Mas não apenas no Brasil. O diário cobriu cada detalhe da luta das trabalhadoras e trabalhadores da multinacional Pepsico, na Argentina, contra as demissões – uma das lutas operárias mais importantes da América Latina. A decisão dos trabalhadores de enfrentar essa patronal ianque na defesa dos postos de trabalho – com a participação decidida do PTS para que a luta triunfe – mobilizou 30 mil pessoas em ato no dia 18 de julho, colocou a pauta do desemprego no centro do debate nacional às vésperas das eleições argentinas, e obrigou o governo reacionário de Macri a adiar o anúncio da reforma trabalhista no país.

Reforma trabalhista para a qual Macri busca inspiração no Brasil. Em uma seção especial, retratamos no diário as inúmeras faces desta nefasta reforma promovida pelo governo de gerentes e empresários de Temer e pelo Congresso ajustador. Este ataque histórico aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e da juventude precisa ser repelido através da organização e da luta dos trabalhadores, como mostram nossos irmãos de classe na Argentina. Assim buscamos retomar o caminho da greve geral.

Não menos importante, junto à ameaça da reforma da previdência, o governo golpista de Temer busca avançar com uma reforma política cuja única função é censurar a esquerda e os trabalhadores. Assim como fez desde que a proposta avançou em 2016, o Esquerda Diário se coloca como portavoz da batalha contra essa medida autoritária e antidemocrática para separar ainda mais os trabalhadores da política.

Um diário a serviço de retomar as grandes ideias da revolução

Neste mês de julho, o Esquerda Diário realizou a cobertura completa do Acampamento de inverno da Juventude Faísca e do grupo de mulheres Pão e Rosas, que reuniu centenas de jovens no Rio de Janeiro, que teve como mote os 100 anos da Revolução Russa. Publicamos os vídeos dos conferencistas, que trataram sobre os “100 anos da Revolução Russa: a estratégia da maior revolução da história”, “A atualidade do comunismo” e “Mulher e revolução russa: nossa luta pelo comunismo”, além de entrevistas com a juventude presente ao acampamento e as lições que extraíram dessa importante jornada de debates.

Para nós, as ideias anticapitalistas, socialistas e revolucionárias não servem apenas para os dias de festa dos pequenos círculos da esquerda, mas um guia para a ação de setores de massas que são base dos sindicatos, e para a enorme tarefa de reconstruir uma esquerda revolucionária a nível nacional e internacional, capaz de retomar as bandeiras da IV Internacional de Leon Trotski e batalhar pela revolução internacional rumo à construção de uma sociedade comunista.

Junto ao Esquerda Diário, ferramentas como a revista Ideias de Esquerda (cujo segundo número virá à luz em forma impressa e digital) e o canal de vídeos Ideias de Esquerda se propõem a tarefa audaz de ajudar uma nova geração de jovens a encontrar o tesouro que representa o arsenal teórico e estratégico do marxismo revolucionário e as valiosas lições da Revolução Russa de 1917, e partir daí buscar dar respostas aos problemas da atualidade.

Um diário a serviço da construção de uma força material dos trabalhadores

Como dissemos, mais que nunca o Esquerda Diário – impulsionado pelo MRT – está a serviço da ambição de construir uma força material dos trabalhadores, uma alternativa política anticapitalista e socialista com influência de massas, enraizada no movimento operário e no movimento estudantil, no movimento negro e de mulheres. Uma organização política de combate, à esquerda do PT e que tire conclusões do que significou a experiência trágica desse partido.

Quanto mais crise no regime, mais se evidenciou o papel de contenção da luta de classes levado adiante pelo PT e por sua burocracia sindical. Impediram a luta série contra o golpe institucional e a Lava Jato, assim como impedem hoje a luta para anular a reforma trabalhista. Incentivam o sentimento de desmoralização de massas, para contrabandear a ideia de que este sistema não pode ser superado, e assim canalizar a raiva popular numa saída “Lula 2018”.

Sempre em defesa da estabilidade, da governabilidade e da institucionalidade burguesas, o compromisso do PT em primeiro lugar é com a ordem dessa “democracia dos ricos”. Para combater a direita, a ofensiva da burguesia e a reacionária Lava Jato, é preciso superar a tradição do PT, e especialmente suas burocracias conservadoras nas organizações de massas dos trabalhadores.

É a serviço disso que coloca todas as suas forças o Esquerda Diário. O avanço de um diário com estas características é uma necessidade para os trabalhadores, para que sua força nas ideias comece a ganhar mais carne nos locais de trabalho e possa, assim, contribuir a construir a superar o PT, do contrário à direita capitalizará a crise no país.

A esse esforço editorial, político e militante chamamos nossos leitores a contribuir.

 
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