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Investimento cai ao menor patamar em 15 anos, mas o lucro dos banqueiros está garantido
Redação
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Desde o inicio do Governo Lula em 2003 não se vê tão baixo nível de investimentos no país em sua relação com ao Produto Interno Bruto (PIB), em 2017 a previsão é de 0,39%, numa diminuição de quase metade do valor para o ano passado, que chegou a ser de 0,6%.

A área de investimentos foi deixada de lado pelo Governo Temer para cumprir de qualquer forma a meta de ajuste fiscal, isto é, a meta de um ano das receita menos as despesas para gastos não financeiros, ou seja, para gastos onde não estão incluídos as operações de cambio e de pagamento da dívida pública, estes no caso, estão garantidos e não sofreram nenhuma sanção por parte do golpista, além de não estarem incluídas na PEC 55, que congelou os gastos do governo federal para os próximos 20 anos.

Ou seja, as sanções e arrocho de Temer só afetam os gastos primários do governo (saúde, educação, sanamento, segurança), com a previsão de rombo de 139 milhões para essas despesas, o governo enxuga como pode e corta dos direitos básicos do trabalhador para cumprir a lei de responsabilidade fiscal, que inclui o congelamento desses gastos pelos próximos 20 anos, isso tem gerados grandes problemas para a área de investimentos, com pouquíssimos recursos contingenciados.

Grandes obras que seriam bancadas com recursos do governo federal estão paralisadas e sem previsão de volta pela falta de investimentos, entre elas estão a duplicação de trechos da BR-101 na Bahia e a construção de uma segunda ponte no Rio Guaíba, que foi paralisada desde fevereiro com operários alegando enorme precaridade nas condições de trabalho. Além das 10 mil obras que seriam incluídas no ’Programa Avançar’ que estão paralisadas em todo o país e também não tem previsão de volta.

Todo o movimento de Temer foi de retirar a capacidade do governo federal de agir, integrantes das pastas ligadas a infra-estrutura, em entrevista ao Jornal O Globo afirmam não haver recursos hoje até para o custeio básico de uma obra que inclui o pagamento a prestadores de serviço e aluguéis. Ao não contingenciar recursos públicos para o custeio de obras a população fica inteiramente dependente da iniciativa privada para a alocação de recursos, o que é algo bastante grave pois os capitalistas e grandes investidores não estão interessados em suprir as necessidades básicas do ser humano, logo veremos cada vez mais os esparsos investimentos federais voltados para garantir o lucro de tais poderosos.

Um caso emblemático do movimento atual de Temer é a eminente mudança da concessões das rodovias, que está sendo estudada por técnicos do setor para uma "concessão light", o que significa que a responsabilidade do setor privado diminui ainda mais, agora ele terá somente a obrigação da manutenção da estrada e não mais de garantir melhorias e duplicações como é atualmente.

Além disso o governo espera privatizar áreas importantes como o setor elétrico e grandes aeroportos, além dos leilões do Pré-sal, para fechar sua mesquinha conta para investimentos e áreas básicas, entre elas estão previstas 4 usinas da Eletrobras que deixarão a conta mais cara para o consumidor.

Isso dá uma falsa impressão de que faltam recursos, na verdade o que se vê é uma total submissão de Temer ao interesse de banqueiros, especialmente, que estão lucrando com a metade do orçamento anual destinado diretamente a dívida pública e sem ser incluída no arrocho de Temer, que só afeta os serviços básicos. A submissão de Temer também é ao setores da burguesia internacional que se beneficiam das reformas, o ataque localizado da lava jato ao grande capital monopolista brasileiro, forjado durante a era Lula, e a setores da burguesia nacional em especial do setor agropecuário.

O governo Temer, que gastou 15 bilhões para se safar da denuncia da CCJ enquanto rasgava a CLT, diz não ter dinheiro para garantir os direitos mais básicos do trabalhador, como o seguro desemprego, mas tem para garantir o lucro dos banqueiros e da corja de corruptos que atua a seu lado.

Fonte da Imagem: Blog LBI

 
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