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UNIDOS PELAS REFORMAS
Em discurso dubio Alckmin não se compromete com Temer, mas garante apoio às reformas
Redação

Após barrar um posicionamento do PSDB paulista que poderia pressionar a legenda tucana pelo desembarque do governo Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou que defenda a permanência do partido no governo federal. E declarou que seu compromisso é com as reformas que atacarão profundamente a vida dos trabalhadores.

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Em entrevista a jornalistas após participar de um congresso tecnológico da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), na capital paulista, Alckmin afirmou que defende que o PSDB tenha uma decisão única nacionalmente, deixando claro que a prioridade deve ser as reformas que atacarão brutalmente a classe trabalhadora e não necessariamente a permanência no governo federal com cargos. Ele reforçou a defesa de que é preciso aguardar o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que começa nesta terça-feira, 6, para uma decisão definitiva dos tucanos.

"Quem disse que eu sou contra o desembarque? Não. Se você pegar minhas declarações, lá atrás, eu até dizia que o partido deveria apoiar o governo, as medidas de interesse do País, sem necessariamente participar com ministro no governo", afirmou o governador.

A declaração foi dada no momento em que Alckmin respondia sobre o posicionamento das chamadas "cabeças pretas", ala jovem do PSDB que defendem desembarque imediato do governo. "No que ela a minha posição é diferente?", questionou o governador, afirmando que não está defendendo a permanência do partido no governo de Temer.

Alckmin disse que é preciso agir com responsabilidade e que, ao estimular ontem a direção estadual do partido a não tomasse uma decisão neste momento, defendeu a escuta de todos para que o PSDB tome uma única decisão nacionalmente.

"Nós devemos preservar o Brasil, proteger o País, não agir de forma açodada", disse. "Qualquer que seja a decisão, o compromisso é com as medidas econômicas, com a retomada do emprego e do crescimento da economia. Ter ministro ou não ter ministro é secundário". Em outro momento, Alckmin citou que é importante "apoiar as medidas do governo, aquilo que é interesse do País".

Alckmin citou o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE e reforçou a defesa em aguardar a decisão do judiciário para que o PSDB tome uma decisão definitiva. Ele afirmou que espera que a decisão do julgamento possa ser "resolvida nos próximos dias".

Questionado sobre a possibilidade de pedido de vistas por um dos ministros do TSE e um arrastamento da decisão pelos recursos disponíveis à defesa de Temer e de Dilma Rousseff (PT) na corte eleitoral e no Supremo Tribunal Federal (STF), Alckmin negou que o PSDB aguardará muito tempo para tomar uma decisão. "Não, não vai. Nos próximos dias, vamos nos reunir em Brasília."

Alckmin afirmou que é preciso garantir a aprovação das reformas para manter a expectativa de crescimento econômico. Ele citou que é possível chegar ao fim do ano com o Brasil crescendo "quase 3%" e ter um ano melhor em 2018. Crescimento esse, que se depender dos interesses das elites dominantes como o tucanato, só servirá para aumentar o lucros dos grandes empresários, sendo os trabalhadores aqueles que pagarão a conta da crise, sacrificando suas vidas em empregos precários e sem nenhum direito, trabalhando até morrer.

Em seu discurso no evento, o governador afirmou que turbulências políticas do País tendem a passar e fortalecer as instituições. "Essas turbulências políticas passam, elas até consolidam nossas instituições", disse. Durante sua fala, o tucano destacou que as reformas trabalhista e da Previdência são "exatamente importantes".

Alckmin e o prefeito João Doria, durante o evento, fizeram uma dobradinha para criticar o "populismo" diante da crise política e econômica. "Estou convencido que o Brasil não quer populismo, quer eficiência, geração de emprego e renda", afirmou Alckmin.

O governador repetiu o interesse em criar uma holding de saneamento básico que será integrada pela Sabesp e outras empresas subsidiárias, o que deve avançar no segundo semestre.

A entrada em cena da classe trabalhadora, com grandes ações como a greve geral de abril e a recente ocupação de Brasília, colocou em cheque os planos da burguesia de conseguir aplicar de forma dura intensos ataques ao conjunto dos trabalhadores de nosso país. Os interesses de Alckmin, do tucanato e de toda elite brasileira é chegar numa via comum que permita passar as reformas e os ataques. Agora mais do que nunca precisamos construir a greve do dia 30 de junho, através de centenas de comitês e assembleias de base, que possam colocar de pé toda a força da nossa classe até derrubarmos as reformas e Temer.

 
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