Já “desenhemos” com maior profundidade neste artigo o que revelam os privilégios inegáveis da casta judiciária sobre o caráter nada imparcial ou neutro do Judiciário, portanto da Lava-Jato e seu falso discurso de combater a corrupção.
Confira a publicação de um procurador do MPF sobre o papel das invetigações:
Não é possível que essa instituição possa representar alguma confiança para o combate a corrupção, de modo frente ao escândalo nacional que foram as delações da JBS, tenha dado completa imunidade a Joesley e Wesley Batista, presidentes da empresa, cuja única sanção, uma multa, pode ser paga pelos irmãos com dinheiro do troco que receberam com a compra de dólar que fizeram logo após delatarem, sabendo da repercussão que traria para a economia, enquanto andam livres e soltos pelas ruas de Nova York.
Ao mesmo tempo, Aécio Neves que teve que renunciar à presidência do partido por conta do escândalo dos vídeos que mostram enfaticamente o tucano recebendo dinheiro de propina, não foi preso, mas foi liberado por decisão (única e exclusiva) de Fachin. Evidente seletividade nas punições somada a uma decisão de tipo monocrática revela que o Judiciário pensa muito bem antes de tomar as suas decisões. Pensa politicamente. Pensa como se fosse partido.
“Enquanto não mudarmos a política e as leis processuais e penais, viveremos uma crise atrás da outra. Precisamos acreditar que é possível mudar”
Mudar a política é o mote dos procuradores do Ministério Público Federal e que revela seus interesses de atuar como um verdadeiro partido, eleito por ninguém, para promover o alcance do seu poder na política nacional, utilizando das delações, vazamentos, prisões, da maneira que convém a esse seu objetivo político: potencializar o seu autoritarismo perante uma situação de crise política no país, de modo a comandar o jogo político de maneira arbitrária.
É nesse sentido que o Esquerda Diário vem dizendo que a queda de Temer não pode ficar nas mãos dessa instituição, pois a fortalece enquanto árbitro da política nacional e seus poderes autoritários que sempre pesam mais sobre os trabalhadores e suas lutas, em especial à juventude negra nas periferias e à política de encarceramento em massa. É preciso que os trabalhadores e a juventude derrubem Temer com as suas mãos, organizando desde comitês em cada local de trabalho e estudo uma nova greve geral, que tem caráter urgente, de modo que as centrais sindicais devem marca-la o quanto antes, para que possamos derrubar Temer e as reformas contra os nossos direitos. Nesse momento, a greve geral tem que servir para chamar eleições de delegados para uma nova Constituinte no país, para que os trabalhadores decidam sobre a política do país, acabando com privilégios e arbitrariedades do Judiciário e com a retirada de direitos de todos os governos desde a Constituinte de 88.
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