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DESEMPREGO
Estado do RJ perdeu 52 mil postos de trabalho para o desemprego desde o início de 2017
Jean Barroso
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Os dados são do Cadastro Geral de Emprego do Ministério do Trabalho, e contabiliza o saldo de empregos formais nos municípios em todo o estado do Rio, no período de janeiro a março de 2017. O indicador é a somatória de vagas abertas com as vagas, ou seja, indica que foram fechadas muito mais vagas do que as que foram abertas no período.

As maiores baixas foram no setor de comércio na capital carioca, com 12.541 postos de trabalho, seguido do setor de serviços que encerrou 8.106 empregos formais, enquanto que 3.084 postos foram encerrados na construção civil e 2.745 na indústria de transformação. No total, 27.166 postos de trabalho foram encerrados na capital, um pouco mais da metade do indicador.

Seguido do Rio vem Duque de Caxias, município atacado fortemente pelo desemprego no último período (desenvolveremos em outro texto). Em Caxias, 5.298 postos de trabalho foram fechados, 2.189 na indústria de transformação e 2.121 nos serviços. Nova Iguaçu, outro grande município da Baixada Fluminense (com 797 mil habitantes contra 882 mil em Caxias, segundo IBGE em 2014), acumulou 3.456 postos de trabalho fechados, sendo 1.718 só nos serviços. Niterói fechou 2.528 postos de trabalho, 1.131 sendo no comércio. O quinto município da lista é Macaé com menos 2.154 postos e São João de Meriti com menos 1.325 postos de trabalho fechados, ambos com maioria em serviços.

Em 2014, o levantamento do IBGE indicava que estes mesmos municípios como fortes contribuintes no PIB nacional. Rio de janeiro em segundo lugar no ranking dos municípios, seguido por Duque de Caxias em 22º, Niterói em 29º, Macaé em 36º e Nova Iguaçu em 55º.

Os dados demonstram que, de estar entre os principais estado na economia nacional em 2014, o Rio passou à ser um dos estados na dianteira da crise econômica nacional, e os primeiros efeitos da crise vieram sendo sentidos principalmente de 2015 para cá (um estudo futuro detalhará as tendências à desintegração na economia do ERJ será publicado neste Esquerda Diário).

E os efeitos da crise a classe trabalhadora vem sentindo em todo este período. Em todo o país os trabalhadores sentem os efeitos no desemprego acumulado de 14 milhões, segundo o PNAC, pesquisa organizada pelo IBGE. As reformas de Temer visam piorar ainda mais esta situação, com flexibilização das leis trabalhistas, aumento da jornada e flexibilização do horário, aumento do tempo de trabalho com a reforma da previdência, e terceirização irrestrita para perpetuar as condições de trabalho flexibilizado e o subemprego.

É preciso que os trabalhadores cariocas se apoiem no que foi a paralisação nacional do 28A, para se organizar em cada local de trabalho e estudo, exigindo um plano de lutas dos sindicatos para preparar a greve geral até derrubar as reformas e Temer. Ao mesmo tempo, organizando comitês de luta e greve com representantes eleitos e revogáveis dos trabalhadores, para que não deixemos nas mãos das burocracias traidoras a organização de nossa luta.

Ao mesmo tempo, é necessário assumir um programa que faça os capitalistas pagarem por esta crise, elegendo uma nova constituinte pela luta dos trabalhadores contra os capitalistas e seus políticos corruptos por Eikes e Odebrechts, como Cabral, Pezão e Picciani que tanto beneficiaram as empresas capitalitas com bilionárias isenções fiscais.

Desta forma, os trabalhadores podem decidir leis que proíbam as empresas de demitir, dividam as horas de trabalho entre todos os braços disponíveis para trabalhar com uma jornada de 6 horas, 5 dias por semana sem redução salarial, taxando as grandes fortunas e colocando em prática um plano de obras públicas para fazer moradias populares ao povo pobre e empregar milhares, impondo o não pagamento da dívida do estado com a União como parte de não pagar a Dívida Pública que "faz a cama" dos banqueiros acumulando 3,23 trilhões este semestre

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