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SENADORES BRASILEIROS NA VENEZUELA
Aécio Neves visita Venezuela a pedido da oposição de direita
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O governo da Venezuela autorizou a aterrissagem de um avião militar brasileiro que transportará na quinta-feira uma missão de senadores liderada por Aécio Neves (PSBD), que pretende verificar em primeira mão a situação política no país, informou nesta terça-feira o ministro da Defesa, Jaques Wagner.

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"A solução é a melhor possível. O governo venezuelano não havia negado, só não tinha respondido ainda. Eu estava trabalhando com as autoridades diplomáticas e fico feliz que o esforço do silêncio tenha plantado uma solução que é boa para todos", declarou Wagner a jornalistas em Brasília.

Segundo o ministro, o governo venezuelano vai garantir a circulação da comitiva brasileira e o encontro com os familiares dos presos, mas não será permitida a visita aos políticos presos.

"Eles (as autoridades venezuelanas) não vão autorizar a visita, como não autorizaram a de outras autoridades. Mas, do ponto de vista da chegada dos senadores a Caracas e da conversa com os familiares, tudo está garantido", detalhou.

Wagner, que sempre negou que o governo venezuelano tivesse impedido a aterrissagem do avião militar brasileiro, comunicou a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que expressou seu "alívio" pela situação.

"Estava preocupado. Já pensou se os senadores vão em uma aeronave privada e esse avião é abatido?", comentou.

Por sua vez, Aécio disse que a decisão do governo venezuelano foi "acertada" e qualificou como "extremamente correta" a postura do ministro da Defesa.

"O Brasil recebeu na semana passada o presidente da Assembleia venezuelana, que também veio em um avião oficial, e agora nós vamos lá a pedido da oposição venezuelana, mas agora de forma oficial, em uma aeronave oficial", destacou o tucano.

Na sexta-feira passada, o Brasil solicitou às autoridades venezuelanas a permissão para que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levasse o grupo de senadores ao país e a demora na resposta foi interpretada por legisladores opositores como uma recusa.

Visitas tucanas em apoio à oposição de direita

Esta visita capitaneada por Aécio Neves se dá em meio a importantes conflitos entre o governo chavista de Nicolas Maduro e a oposição de direita encabeçada por Leopoldo López, recentemente preso pelo regime em vista das manifestações da oposição em Tarija e outras províncias venezuelanas.

Encorajado pelas recentes ameaças de Obama contra Maduro (chegando a considerar o regime venezuelano um "perigo à segurança nacional" dos Estados Unidos, antes de retirar a ameaça na Cúpula das Américas), os representantes da direita neoliberal brasileira tratam de tirar proveito da crise econômica que assola a Venezuela e a crescente impopularidade de um governo que agrava os trabalhadores com ataques aos direitos trabalhistas, desvalorizações monetárias (herança do próprio Chávez) e repressão aos lutadores sociais.

As medidas antioperárias e antidemocráticas do vulnerável regime venezuelano, em crise desde a morte de Chávez, pavimenta o caminho de alianças entre a direita nativa e de toda a América Latina.

O PSDB, que enxerga a crescente ocupação do governo Dilma em pactuar acordos com as potências imperialistas como Estados Unidos e estreitar relações diplomáticas e comerciais com a China e o Estado espanhol, busca estabelecer conexões com forças políticas estrangeiras.

Obviamente, se a crise do chavismo na Venezuela põe às claras as contradições sociais de um regime nacionalista burguês altamente ligado ao empresariado local, chefiado por Maduro, nada de bom poderia vir dos conselhos tucanos à ala direita venezuelana.

Esquerda Diário/EFE

 
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