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#28A NA AVIAÇÃO
Aeroviários, Aeronautas e Aeroportuários se unem para paralisar a aviação nacional no 28A
Romeu Montes, aeroviário de Guarulhos

Como há décadas não se via, o chamado “3 setores” da aviação votaram, em sua maioria, em aderir à convocação de unidade dos trabalhadores de diversas categorias do país e paralisar os aeroportos brasileiros neste 28 de abril.

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Aeroviários (trabalhadores em solo das companhias aéreas), aeronautas (tripulantes) e aeroportuários (funcionários da Infraero e concessionárias dos aeroportos), realizaram assembleias durante esta semana nas principais capitais como São Paulo, Rio, Porto Alegre, Recife e Manaus, que em sua maioria votaram por paralisar as atividades e “deixar aviões no chão” como protesto à Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência e a terceirização irrestrita.

Os trabalhadores mais antigos afirmam que a última grande greve das categorias unificadas foram há décadas, nos anos 80, no período onde ainda figuravam empresas gigantes como Varig, Vasp e Transbrasil. Ainda assim, pese as quebras destas empresas e a fragmentação do setor devido o processo de terceirização dos últimos anos, novamente os trabalhadores deste setor estratégico voltam a se mobilizar de forma unitária e promete grande adesão.

Assédio moral, perseguição e “plano de contingência” das chefias ameaçam trabalhadores

Há inúmeros relatos de que as chefias estão atuando contra o direito de greve dos trabalhadores, pressionando os setores da madrugada, constantemente intimidados para não aderirem ao movimento, sendo obrigados a dobrar a jornada para cobrir o turno e as posições deixadas pelos trabalhadores que devem aderir aos atos e piquetes.

Estas ameaças colocam em risco a efetividade da greve devido o temor pelas demissões mas é o momento de aderir onde houver piquete e os aeroviários, aeronautas e aeroportuários não podem se deixar intimidar lembrando sempre que greve é uma manifestação legitima da classe trabalhadora.

Paralisar e fechar os acessos aos aeroportos para dar o recado às empresas e políticos: não aceitaremos mais ataques e precarização do setor!

Para os mais explorados das empresas aéreas e terceirizadas que sofrem com as piores condições de trabalhos e com os salários mais baixos como os agentes de bagagem, de limpeza de aeronaves e operadores de equipamentos, as empresas e políticos dizem que se deve aceitar sobreviver com média salarial de R$950,00 e com escalas e jornadas de trabalhos desumanas que em comum atingem os “3 setores” além da possível reforma da previdência que coloca a perspectiva de trabalharmos até morrer. Pois a paralisação deve dar este recado: não aceitaremos as reformas trabalhista, da previdência e ainda mais terceirizações!

Somados com a paralisação nos setores de transportes em todo país (como rodoviários e metroviários), junto a educação e saúde, a paralisação dos trabalhadores dos principais Aeroportos do país dará um peso distinto à paralisação esta semana, atingindo voos internacionais e outros aeroportos, e significar uma das maiores ações de paralisação da classe trabalhadora brasileira nas últimas décadas.

Devemos nos espelhar nos trabalhadores argentinos, que se organizaram no ultimo dia 6 de abril e pararam toda a aviação do país – e, por consequência, parcialmente no continente, com as dezenas de cancelamentos de voos com origem e destino para o país portenho – mostrando a força estratégica dos trabalhadores deste setor!

 
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