O próximo dia 28 de abril está sendo chamado pelas maiores centrais sindicais como um dia de greve geral contra os ataques do golpista Temer à aposentadoria e aos direitos trabalhistas. Não bastasse a data longínqua, que inclusive deixou passar a terceirização irrestrita, se mostrar como mais uma tentativa de freio à luta dos trabalhadores, tem mais essa “novidade” que é marcar eleições para o mesmo dia da greve geral.
As eleições estão previstas para ocorrer entre os dias 25 e 28 de abril. Embora esse calendário de votação já estivesse previsto antes, a Comissão Eleitoral, formada por membros da própria CUT, não parece ter visto nenhuma contradição na data. Passadas 2 semanas pelo menos da definição do dia 28 como dia de greve geral, até o momento ainda não houve qualquer sinalização por parte da direção para adiar a votação.
A manutenção deste calendário mostra de maneira escandalosa quais os reais interesses dessas direções sindicais, que estão muito mais preocupadas em permanecerem encasteladas nos sindicatos, do que travar uma luta séria para derrotar o golpista Temer e seus ataques.
Exigir que organizem a luta, que chamem assembleias é só o começo. Se os trabalhadores de fato quiserem derrotar a sanha de Temer sobre o nosso presente e o nosso futuro não podemos permitir deixar a nossa luta na mão dessas direções parasitas. Passou da hora dos trabalhadores tomarem de volta pra si estes instrumentos fundamentais, como os sindicatos, para erguer uma verdadeira greve geral contra os ataques.
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