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TRANSPORTES
Não é só por 20 centavos!
Gustavo Anversa

No último domingo (7), foi anunciado o aumento da tarifa dos ônibus da companhia Tróleibus de Araraquara (CTA). A justificativa, segundo o presidente da empresa, Silvio Prada, seria o aumento de custos em trabalho, combustível e peças. Contudo, as tarifas abusivas não se revertem em melhores condições para quem trabalha na empresa e para os usuários cotidianos.

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No último domingo (7), foi anunciado o aumento da tarifa dos ônibus da companhia Tróleibus de Araraquara (CTA), de já absurdos 3 reais para 3,20, equiparando-se ao valor de cidades como São Paulo, maior cidade da América Latina, quase 50 vezes maior que a cidade de Araraquara. A justificativa, segundo o presidente da empresa, Silvio Prada, seria o aumento de custos em trabalho, combustível e peças. Contudo, as tarifas abusivas, aqui e em São Paulo, não se revertem em melhores condições para quem trabalha na empresa e os usuários cotidianos, ao contrário do que querem fazer crer os empresários e as prefeituras.

NÃO É SÓ POR 20 CENTAVOS

Na realidade, o que ocorre é um progressivo sucateamento da empresa, para justificar sua venda à empresa Paraty, que já há anos, com o controle de X das linhas que deveriam ser públicas – ficando inclusive com as mais rentáveis –, lucra com o progressivo desmonte da empresa e espera a prefeitura entregar as linhas ainda públicas em seu colo.

O aumento de preço não chegou ao bolso dos motoristas, que ainda correm risco de serem demitidos com a privatização, tampouco para as cobradoras e cobradores que estão sendo demitidos, gerando uma sobrecarga nos motoristas, aumentando o risco de acidentes no trânsito e piorando a jornada de trabalho.

Faltam peças para a manutenção dos ônibus, o que obriga os funcionários a reciclarem peças antigas para não paralisar as linhas em funcionamento, deixando as condições de trabalho ainda mais precárias e aumentando o risco das peças quebrarem e gerarem acidentes.

O passe livre é um objetivo possível, mas só ele não garante que as condições de trabalho e uso do transporte público melhorem. Os trabalhadores e usuários devem decidir a que serve a verba da CTA: são eles que sabem das linhas necessárias para adequar a demanda, que conhecem o trânsito e a condição de conservação das ruas, que conhecem as condições ideais para garantir a manutenção dos ônibus e que podem garantir que a companhia não seja gerida pelos interesses de políticos e empresários (que nem sequer utilizam o transporte público da cidade).

Sexta-feira (12), às 17 horas, haverá um encontro na Praça Santa Cruz para construir um grande ato que defenderá nas ruas um transporte verdadeiramente público, gratuito, sob controle de funcionários e usuários.

Foto: Fabio Arantes/ SECOM

 
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