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TRUMP BOMBARDEIA SÍRIA
Trump bombardeia base aérea de Assad e atuação militar dos EUA muda na Síria
Artur Lins
Estudante de História/UFRJ

Depois do ataque químico com a utilização de gás sarin, na província síria de Idlib, controlada por facções opositoras ao regime de Bashar Al Assad, o presidente norte americano Donald Trump ordenou o lançamento de mais de 60 misseis contra a base aérea controlada pelo regime de Assad na província de Homs.

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Imagem: Diário do Brasil

No encontro com o presidente chinês Xi Jinping, na Florida, Trump fez uma declaração às mídias dizendo que “o que aconteceu na Síria é uma desgraça para a humanidade e ele (Assad) está lá, e eu acho que ele está por trás dessas coisas, então algo deveria acontecer”.

O secretário de estado, Rex Tillerson, declarou que “não há mais como Assad governar a população síria”, e ainda mandou um recado ao governo de Putin, dizendo que a aliança da Rússia com Assad é algo que deveria ser “considerada cuidadosamente”.

O ditador sírio negou as acusações de que ele é responsável pelos ataques químicos, enquanto o governo russo declarou que nenhuma acusação pode ser feita sem uma “apropriada investigação”.

Uma mudança na política externa dos EUA em relação a Síria

Até esse bombardeio, a coalizão militar liderada pelo EUA tinha o objetivo de bombardear as posições do Estado Islâmico na Síria, com apoio de facções armadas locais. Inclusive, na semana passada, o embaixador norte americano nas Nações Unidas, Nikki Haley, disse que a política dos EUA não estava mais focada em tirar Assad do poder.

Depois dessa mudança de objetivos no conflito sírio pelo Estados Unidos, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que espera que Trump tome uma ação militar contra Assad e ainda declarou que a Turquia está preparada para fazer o que for possível para apoiar tal ação militar contra o regime do ditador sírio.

Em 2013, houve ataques químicos também na cidade síria de Ghouta. Barack Obama chegou a ameaçar um ataque militar direto contra o regime de Assad, porém o ultimato não se concretizou depois que o ditador assinou um acordo em que ele se “comprometia” a se desfazer de suas armas químicas com a supervisão da Rússia.

Um recado belicoso de Trump para a China

Na declaração oficial de Trump, feita no seu encontro na Florida com Xi Jinping, ele justifica o lançamento dos mísseis dizendo que o uso de armas químicas feita pelo governo de Assad contra seu próprio povo é inaceitável e bárbara, exigindo dos EUA uma postura mais firme e “civilizadora”.

O que poderia ser entendido como uma declaração “humanitária e defensora dos direitos humanos” a nível internacional, logo é seguida pelas conhecidas posturas racistas e nacionalistas de Trump ao afirmar que o bombardeio que ele mesmo ordenou tem o objetivo de “prevenir” a segurança nacional para deter o uso e a ampliação de armas químicas, e pior, que o ataque militar imperialista viria ajudar a “estabilizar a Síria”, tirando Assad do poder, para que os refugiados não se tornem mais uma “ameaça” para os Estados Unidos e seus aliados.

No entanto não é coincidência que Trump ordene esse bombardeio no mesmo dia em que ele se encontrou com o presidente chinês. Ultimamente, Trump vem escalando seu discurso contra as intenções da Coreia do Norte em relação a sua vizinha do sul (um dos motivos da reunião com o líder chinês), e além de ser um recado para a Rússia de que os EUA não vai reduzir sua influência geopolítica mundial, também é um recado para o governo chinês, de que se esse não controlar sua aliada Coreia do Norte e facilitar os objetivos imperialistas norte americanos, Trump estará disposto a escalar conflitos e tomar ofensivas militares.

 
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