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ESCANDALOS SEM FIM
Tropas da ONU exploram sexualmente no Haiti e na Libéria
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A partir de relatório oficial de análise de conduta interna que trata da conduta dos soldados em missão da ONU no Haiti, antigas denúncias de exploração sexual voltaram à tona e ganharam maiores confirmações. Esta denúncia foi veiculada por algumas grandes mídias no Brasil, como o Portal Terra.

Segundo tal relatório, somente entre 2008 e 2013 houve cerca de 480 denúncias de casos de exploração sexual. Este número, no entanto, pode ser muito menor do que a realidade, como as próprias autoridades ligadas a ONU assumem, visto que, com a presença intimidadora das tropas e a praticamente inexistente apuração dos casos, a população denuncia muito pouco tais agressões.

Deste total de 480 casos, estima-se que um terço envolva crianças entre 11 e 15 anos, afetando mais fortemente a população rural desprovida de recursos mínimos e em todos os casos a exploração sexual consiste na troca de “sapatos, comida, remédios, dinheiro ou jóias” por sexo para soldados e funcionários ligados as missões.

Afetado profundamente pelo terremoto de 2010 que deixou mais de 200 mil mortos na Capital Porto Príncipe, a situação de crise social do Haiti é bem anterior, com sucessivos governos corruptos e ditatoriais que, desde 1957, se impuseram pela via de golpes, espoliaram e exploraram ao limite o povo haitiano, que tem sofrido a intervenção de tropas da ONU desde 2004 como continuidade de séculos de espoliação imperialista.

A suposta “missão de pacificação” em suas terras - a MINUSTAH- é chefiada pelo Brasil que já enviou mais de 30 mil militares ao país e hoje, tais tropas, cumprem o papel de disciplinar e controlar a população que se revolta contra a miséria e a profunda exploração de novas indústrias da construção civil e têxtil que encontraram um terreno fértil para lucrar com a mão de obra paga com baixíssimos salários.

A Libéria, por sua vez, além de ser uma das nações mais pobres devido a exploração selvagem de seus recursos minerais e de pedras preciosas por potências ocidentais da Europa e EUA, recentemente esteve no centro da mais violenta epidemia do vírus Ebola já vista na história.

A ONU, apesar de obrigada a assumir que tais práticas são proibidas e os contatos pessoais são desencorajados, não consegue esconder o fato de que, nos principais países que passam por profundas crises sociais –como Libéria, República Democrática do Congo e Haiti- e nos quais esta intervêm com seus mais de 160 mil soldados de “capacetes azuis”, suas tropas aprofundam a exploração do povo pobre e trabalhador destes países, estando envolvidas em casos de prostituição, pedofilia e exploração sexual.

Há 11 anos ocupando território Haitiano, os mais de mil militares brasileiros seguem cumprindo as ordens dos EUA e garantindo a repressão de greves e “experimentos” de controle social dos pobres urbanos nas favelas do Haiti, muitos dos quais utilizados como “laboratório” para ocupações de favelas no Rio de Janeiro.

Até o momento, nenhum responsável brasileiro pela MINUSTAH se pronunciou e, segundo a s determinações da ONU, cabe a chefia de missões investigar a apurar tais casos.

Redação Esquerda Diário

 
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