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GREVE NA EDUCAÇÃO
Em ato na zona oeste de SP, professores em greve chamam trabalhadores à luta
Luciana Vizzotto
Fabio Santos
professor de SP

Ocorreu hoje em frente ao metrô Butantã, na zona oeste de São Paulo, uma manifestação pública de nós professores do estado, com a presença dos professores da rede municipal da capital, dialogando com os trabalhadores que passavam pela região sobre as recentes reformas impostas pelos golpistas.

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O ato foi organizado pelo comando de greve dessa região, composto pela base dos professores com a intenção de mobilizar a categoria para a greve e chamar os trabalhadores para a luta contra as reformas, com panfletagem, conversas, cartazes e falas ao microfone. Este contou com a valorosa presença dos professores da rede municipal, já em greve desde o dia 15 de Março, que se somaram prontamente à nossa agitação. Isso demostrou concretamente a potencialidade da unificação entre todos os professores do estado e do município, objetivo que o comando de greve debateu de alcançar, contra a política das direções sindicais da APEOESP e do SINPEEM de manter as lutas separadas – como ficou claro diante a manobra da burocracia da APEOESP em adiar a greve para o dia 28, nos separando do município de SP e de outros estados em greve.

Esta postura de não querer construir de fato a nossa greve ficou clara também na ausência total no nosso ato das conselheiras da subsede Sudoeste (organizadora da Apeoesp na nossa região) que na maioria absoluta são integrantes da chapa 1, composta pelo PT e PCdoB. Seguem a política de sua corrente na direção executiva, na qual Bebel é presidenta.

Com microfone aberto a todos, os professores denunciaram os desmandos do governo Temer e seus aliados, esclarecendo a população do real significado das reformas que atacam os direitos dos trabalhadores. Não só sobre a reforma da previdência, que a maioria já sabe que significa o fim do direito a aposentadoria, mas também sobre a reforma do ensino médio e a lei da terceirização PEC 4302. A reforma do ensino médio prevê a retirada de disciplinas fundamentais da formação dos estudantes, desobrigando as escolas públicas de ofertá-las. O que acarretará na demissão de milhares de professores e uma educação básica voltada à formação de mão de obra precária. E mostramos como a lei da terceirização implica no aumento exponencial de trabalhadores precarizados no país, enquanto aumenta o lucro dos patrões.

As pessoas que passavam demonstraram sensibilidade e apoio a nossa manifestação, tirando fotos, conversando com o grupo, buzinando em seus carros e motos e aplaudindo de dentro dos ônibus; inclusive um secundarista que passava assumiu o microfone. Muitas pessoas confirmaram a necessidade de unificarmos as lutas e parar tudo numa greve geral!

Em diálogo com essa sensibilidade, a professora Luciana do Professores pela Base, enfatizou: “é isso, só a unidade de todos os trabalhadores em luta pode barrar essas reformas. Por isso temos que exigir das centrais sindicais, CUT, CTB, uma greve geral já com plano de lutas até derrotarmos os golpistas. Não podemos esperar até o dia 28 de Abril [dia convocado pelas centrais de nova paralisação nacional] pra parar o país, chega de trégua para negociar com os golpistas!”

A juventude Faísca também compareceu ao ato, declarando seu apoio aos trabalhadores da educação e defendendo a aliança de todos os jovens com a classe trabalhadora para derrotar os ataques.

Ao final, os professores convidaram a todos trabalhadores a participarem do ato público de amanhã, as 16h no Masp, para trazermos novamente a força da unidade que demonstramos na massiva paralisação nacional do dia 15 de Março.

 
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