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LGBTIS DA UFABC QUEREM UM PLANO DE LUTA
Coletivo LGBT da UFABC participará do ato dia 31 com exigência as centrais sindicais
Redação

O Esquerda Diário reproduz a nota do coletivo LGBT Prisma, da UFABC, contrária aos ataques do governo golpista e exigindo das centrais sindicais que organizem na base um plano de lutas capaz de barrar esses ataques. Confira!

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NOTA COLETIVO LGBT PRISMA UFABC

TODOS AO ATO 31/03 EXIGIR UM PLANO DE LUTA PARA BARRAR OS ATAQUES DO GOVERNO GOLPISTA

CONTRA OS RETROCESSOS SOCIAIS, A PRECARIZAÇÃO TRABALHISTA E OS ATAQUES AOS DIREITOS DOS VULNERÁVEIS SOCIAIS - LGBTIs, MULHERES E A POPULAÇÃO NEGRA.

Na noite do dia 22/03/2017, os trabalhadores sofreram mais um grande ataque em seus direitos, o maior de todos até agora. Foi votada na Câmara dos Deputados Federais o Projeto de Lei (PL) 4302 e agora vai à sanção presidencial, que libera o trabalho terceirizado em todas as atividades empresariais e em várias atividades do Estado. Com a promulgação desta lei a precarização trabalhista aumentará exponencialmente, promoverá perda de salário, de férias, aumento significativo do número de acidentes e doenças profissionais, além de impedir a organização coletiva dos trabalhadores, ou seja, o desmanche dos direitos sociais trabalhistas e previdenciários.

Após a chamada “redemocratização”, tanto no governo do PSDB quanto no governo do PT, não houve qualquer luta contra a precarização no trabalho, as terceirizações trabalhistas foram legitimadas, nos anos 90 trabalhadores terceirizados não chegavam a 4 milhões, hoje chegam a quase 12 milhões de trabalhadores precarizados. Todavia, os sindicatos aceitaram passivamente esta ofensiva contra os direitos trabalhistas que esconde atrás do lucro exorbitante ganho pelos empresários a profunda divisão na classe trabalhadora, com representações sindicais diferentes, e apesar de muitas vezes cumprirem a mesma função, os salários e os direitos não são os mesmos. Agora o governo golpista quer se apoiar neste Congresso reacionário para avançar com sua agenda de ataques generalizando para toda a classe trabalhadora a profunda precarização do trabalho, aumentando vertiginosamente as terceirizações, prejudicando ainda mais o povo negro, em especial as mulheres negras que são em sua ampla maioria as trabalhadoras da limpeza, inclusive da universidade onde estamos.

Nosso coletivo entende que a luta contra a terceirização não é apenas contra essa PL, mas contra toda a forma de precarização e divisão da nossa classe, por isso entendemos que a luta contra a terceirização também é uma luta contra o machismo, o racismo e a LGBTfobia, assim como pela igualdade de salários,de trabalho para homens e mulheres, brancos e negros e LGBT e hetero-cis. Portanto, barrar esta PL é um primeiro passo para seguirmos exigindo em cada local de trabalho a efetivação dos trabalhadores terceirizados, tanto na iniciativa privada, quanto no poder público.

LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS, TRANSGÊNEROS E INTERSEXUAIS também conformam A CLASSE OPERÁRIA, muitas vezes em relações extremamente vulneráveis, em postos de trabalhos precarizados, desregulamentados, flexibilizados e descartáveis. Muitos LGBTIs sequer conseguem postos de trabalho, principalmente quando se trata de transexuais e travestis, tendo que atuar em subempregos, sem garantias trabalhistas, na informalidade e em muitos casos tendo a prostituição como única forma de sobrevivência. Com a terceirização, com o desmonte dos direitos trabalhistas e previdenciários, esta realidade aumentará, atingindo mais e mais LGBTIS.

Nos próximos meses o Congresso Nacional colocará em pauta votações que visam flexibilizar a CLT ( Consolidação das Leis do Trabalho), favorecendo os patrões nas relações de trabalho e impor a Reforma da Previdência, que ensejará grandes dificuldades em se conseguir aposentadoria e quando se conseguir será com salários muito abaixo do que é de direito, desta forma deixando o trabalhador ainda mais vulnerável e subjugado, favorecendo os patrões, a burguesia, o empresariado, os monopólios, os oligopólios, os detentores do poder econômico, aumentando ainda mais as desigualdades sócio-econômicas, raciais e de gênero, temos ciência que o maior e mais mortal perigo para os LGBTIs é o capitalismo, por isso a luta organizada contra ele se faz necessária.

Desta forma, CONVOCAMOS LGBTIs e apoiadores da UFABC e do Grande ABC para formarem conosco o BLOCO LGBTI no dia 31/03 para expressar que as LGBT também são parte desta resistência aos ataques. Todavia, não queremos que nosso ato seja utilizado como palanque eleitoral para qualquer candidato ou partido, queremos exigir da CUT, CTB e Força Sindical que convoquem assembleias nos locais de trabalho para votar um plano de luta rumo a uma verdadeira greve geral política para derrotar os ajustes de Temer. É necessário acabar com a trégua aos golpistas e que a força que se expressou no último dia 15, com fortes paralisações de metroviários, rodoviários, professores e diversas categorias de trabalhadores em todo o país, volte a cena novamente carregando consigo também as pautas LGBT, das mulheres cis e do povo negro.

Pedimos que acompanhem nossa página para obterem mais informações sobre ponto de encontro, medidas de segurança e o trajeto que percorrerá o BLOCO dos LGBTIs da UFABC e do Grande ABC.

Na Segunda Feira dia 27/03/2017 às 17h00 na UFABC Santo André, Bloco A, Piso Vermelho, haverá oficina de cartazes para o Ato, contamos com a sua participação.

 
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