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REORGANIZAÇÃO ESCOLAR E FECHAMENTO DE ESCOLAS
Alckmin fecha 889 salas de aula e abre mais de 2 mil vagas em presídios
Letícia Parks

Com a luta de secundaristas que fez tremer o governo Alckmin em 2015, o governo do estado se comprometeu a recuar com a reorganização escolar. Entretanto, está em curso avançando um projeto mascarado de reorganização, que já chegou a fechar quase 900 salas de aula e abrir mais de 2 mil vagas em presídios.

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Em matéria divulgada pela página da Rede Brasil Atual, o Sindicato de Professores da Rede Estadual de São Paulo (APEOESP) denuncia que de janeiro de 2016 ao janeiro deste ano, cerca de 899 salas de aula foram fechadas, dentre elas uma escola inteira na zona leste de São Paulo.

Essa situação não poderia ser fruto de outra coisa que não a reorganização escolar, que está sendo passada goela abaixo desde a resolução do conflito de secundaristas em 2015. Alí, o governo havia se comprometido a manter o atual atendimento da rede, sem fechamento de qualquer escola ou sala de aula, mas o que vemos é um projeto sendo pouco a pouco instalado.

O governo alega que toda a demanda está sendo atendida, argumento absurdamente insustentável, visto que quase 100 mil vagas foram perdidas nesse processo. Além disso, os alunos que conseguem se matricular são submetidos a salas de aula superlotadas, uma violência contra o processo pedagógico tanto para o aluno quanto para o professor.

Essa medida caminha lado a lado com os interesses da iniciativa privada, que em meio à crise econômica tem feito de tudo para atingir nichos de mercado que antes eram supridos pelo serviço público, para suprir a perda que começa a ter de mercado em classes medianas, que com a quebra de diversas pequenas empresas e negócios familiares, não pode mais pagar pelo ensino de classe B ou A. Surgem as escolas de mensalidade baixa, qualidade mais baixa ainda, salas tão lotadas quanto a do sistema público e professores quiçá tão mal pagos quanto.

Também caminha lado a lado com a criminalização da juventude negra e pobre, que perde vagas nas escolas mas ganha mais de 2 mil vagas nos presídios paulistas desde o ano de 2015, com um presídio totalmente novo e "automatizado" entregue em Icém, de acordo com o próprio site da Secretaria de Administração Penitenciária. Vale lembrar que de todos os presos no Brasil, apenas 65% foram julgados pelas denúncias que os levaram à cadeia, 72% são negros e quase 20% são menores de idade. Na construção de novas alas dos presídio também estão envolvidas grandes capitalistas, como a Camargo Corrêa e a Odebrescht.

Enquanto o Estado servir como palco de negócios dos capitalistas da educação e da saúde, veremos nossos direitos roubados, como a privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto do RJ (CEDAE) e a venda das Farmácias Populares por Dória na cidade de São Paulo.

 
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